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Consumir menos calorias pode melhorar apneia do sono

Estudo brasileiro mostrou que emagrecer 5,5 quilos já é suficiente para aliviar os sintomas do problema em obesos. Até então, benefício só parecia ocorrer com intervenções mais radicais, como a cirurgia bariátrica

Por Da Redação
12 set 2014, 10h16

Consumir menos calorias pode melhorar os sintomas da apneia obstrutiva do sono em pessoas obesas. É o que mostra uma pesquisa feita no Laboratório de Patologia Clínica e Experimental da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e cujos resultados foram apresentados nesta semana durante um congresso nos Estados Unidos.

A apneia do sono ocorre quando uma via respiratória é bloqueada subitamente e interrompe a respiração, resultando em episódios de roncos altos à noite e de fadiga crônica durante o dia. Além da dificuldade para dormir, o problema é associado à alta pressão arterial, arritmias, derrames e problemas cardíacos.

Segundo a autora do trabalho, Julia Freitas, pesquisadora do Instituto de Nutrição da Uerj, estudos anteriores já indicavam que a apneia obstrutiva do sono pode ser reduzida com uma diminuição radical de peso, por meio de cirurgia bariátrica, restrição severa de calorias ou programas muito intensos de atividades físicas. Mas, pela primeira vez, ficou demonstrado que uma diminuição moderada das calorias – com perda de 5,5 quilos, em média – já produz efeitos benéficos para o problema respiratório.

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Análise – No estudo, 21 pessoas obesas de 20 a 55 anos com histórico de apneia obstrutiva do sono foram avaliadas em testes clínicos ao longo de 16 semanas. Um grupo foi instruído a consumir, ao dia, 800 calorias a menos do que estavam acostumados. Outro grupo manteve sua dieta habitual.

“Constatamos que os pacientes do grupo submetido à restrição moderada de calorias tiveram menos pausas na respiração durante o sono, pressão sanguínea mais baixa e maiores níveis de oxigênio no sangue, além da perda de peso corporal”, diz a pesquisadora.

Segundo ela, a severidade da apneia obstrutiva do sono é classificada pelo número de episódios noturnos. O paciente é diagnosticado com o problema quando tem, durante a noite, mais que cinco pausas por hora na respiração. Em casos muito severos as pausas podem chegar a trinta por hora. “Os pacientes tiveram uma redução de peso de 5,5 quilos, em média. Com essa diminuição, todos tiveram melhora na apneia obstrutiva do sono e alguns deles passaram a ter índice de episódios inferior a cinco por hora”, afirma Julia.

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A pesquisa foi apresentada no encontro científico da Associação Americana do Coração, em São Francisco. “A principal mensagem do estudo é que não é preciso ser radical: uma pequena redução no peso corporal pode levar a uma melhora na apneia obstrutiva do sono”, diz a pesquisadora.

(Com Estadão Conteúdo)

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