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Como manter a saúde em dia em 2014

Conheça os principais exames e procedimentos recomendados para melhorar a qualidade de vida

Por Vivian Carrer Elias
11 jan 2014, 11h36

Entre as promessas feitas com a chegada de um novo ano, cuidar melhor da saúde é uma das mais comuns. Comer alimentos nutritivos, praticar atividade física e controlar o stress são importantes, mas a cartilha do bem-estar inclui um mandamento muitas vezes negligenciado: o check-up.

Qualquer pessoa, em qualquer faixa etária deve ser examinada de tempos. Esse cuidado evita o aparecimento de moléstias e ajuda a detectar – e tratar – doenças precocemente. Merecem atenção redobrada pacientes com fatores que predispõem enfermidades: sedentários, obesos, tabagistas, idosos e pessoas com histórico familiar de doenças graves.

Para Arnaldo Lichtenstein, clínico geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, uma boa avaliação médica começa com uma longa conversa no consultório. “O médico vai fazer uma exame clínico cuidadoso, conhecer o paciente, recomendar vacinas e, por fim, pedir exames”, afirma.

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Zelar pela saúde não significa repetir incontáveis exames todos os anos. O excesso de procedimentos sem indicação correta podem gerar gastos e preocupação desnecessários. “O problema disso é muitas vezes achar doenças que não existem e submeter um paciente a procedimentos invasivos que podem ser inúteis”, afirma Danielli Haddad, coordenadora do Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up do Hospital Sírio-Libanês.

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Quem precisa de check-up? – Recomendações do governo e de entidades médicas que estipulam quais exames devem ser prescritos para quais pessoas, e com que frequência, ajudam a nortear os médicos. Essas diretrizes são elaboradas com base em estudos científicos consistentes (feitos com mais de 15 000 pessoas e durante mais de dez anos). Elas indicam os procedimentos que podem salvar a vida de um número considerável de pacientes e os que são dispensáveis.

Órgãos públicos, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), também consideram o fator econômico – ou seja, até que ponto o custo do diagnóstico vale a pena. “Se forem necessários 5 000 exames para prevenir uma morte, não compensa o investimento. Mas, se a cada 300 testes uma morte for evitada, o gasto é válido”, diz Lichtenstein.

A conclusão de novas pesquisas altera a recomendação das instituições de saúde. Em novembro deste ano, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Urologia aumentou de 45 para 50 anos a idade mínima recomendada para exames de PSA (proteína que, em níveis aumentados, pode indicar existência de câncer) e de toque retal em homens. A atualização foi feita quando especialistas detectaram um excesso de diagnóstico de câncer de próstata que não se desenvolviam de forma agressiva.

Além disso, as diretrizes variam de acordo com o país e a entidade médica. Enquanto o Inca, órgão oficial do governo, recomenda a mamografia a partir dos 50 anos para mulheres, há médicos que a solicitam para pacientes de 35 anos. Alguém está errado na recomendação? Difícil dizer, já que o debate sobre o assunto não foi encerrado. Se, por um lado, o exame pode diagnosticar tumores em fases iniciais e evitar sua progressão, por outro, ele expõe mais pessoas à radiação e induz à cirurgia pacientes cujos tumores poderiam nem ter se desenvolvido.

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De acordo com Danielli Haddad, as recomendações oficiais não são uma regra incontestável – apenas sugerem um limite. Assim, uma pessoa pode receber indicações diferentes para a realização de exames, dependendo da avaliação médica. É o profissional quem decide, com base no histórico de cada paciente, quais exames realizar e com que frequência, além de determinar o retorno para uma nova consulta. Fato é que todas as pessoas que não fazem um acompanhamento da saúde há muito tempo devem procurar um médico que lhe dará essas recomendações. Ao paciente, cabe ficar atento a qualquer alteração em seu organismo e, claro, sempre procurar um bom especialista. “Está errado pensar que, quanto mais exame, melhor. O verdadeiro check-up é aquele que inclui muita conversa com o médico e poucos exames”, diz Lichtenstein.

Fontes: Alênio Calil Mathias, dentista e diretor da Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose; Danielli Haddad, coordenadora do Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up do Hospital Sírio-Libanês; Fabrício Witzel, oftalmologista do Hospital das Clínicas da USP; Gutemberg Almeida, diretor do Instituto de Ginecologia do Hospital Moncorvo Filho da UFRJ e membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ); Hélio Magarinos, patologista da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica do Rio de Janeiro; Valter Javaroni, chefe do departamento de andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia do Rio de Janeiro e membro da SGORJ

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