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Combo de medicamentos pode ser eficaz no tratamento contra vício em cocaína

Combinação de duas substâncias já usadas na terapia contra alcoolismo se mostrou capaz de diminuir vontade pela droga

Por Da Redação
9 ago 2012, 11h14

Um novo estudo mostrou que a combinação de dois medicamentos já utilizados para outros fins pode reduzir o desejo por cocaína e atenuar os sintomas da abstinência, tornando-se, assim, um potencial tratamento contra a dependência da droga. Em testes realizados em laboratório, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Scripps, nos Estados Unidos, mostraram que ratos induzidos ao vício em cocaína que receberam esse combo foram menos prováveis de consumir a substância de forma compulsiva. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira na revista Science Translational Medicina.

Uma das duas substâncias utilizadas na pesquisa foi a naltrexona, que já é recomendada para o tratamento contra alcoolismo e tabagismo. A outra é a buprenorfina, conhecida por atenuar os sintomas da abstinência em drogas como a cocaína e a heroína. No entanto, como explicam os pesquisadores, como esse medicamento, por ter efeitos analgésicos semelhantes aos da morfina, também pode gerar dependência, ele costuma ser recomendada somente àqueles que já são dependentes em opiáceos, e não aos usuários de cocaína – o que, segundo os autores, acarretaria a substituição de um vício pelo outro. Então, como descreve o artigo, combinar doses baixas de buprenorfina com doses baixas de naltrexona pode ser uma maneira de tratar o vício em cocaína sem o perigo de o paciente se tornar dependente de nenhuma dessas substâncias.

Segundo os pesquisadores, o estudo deve evoluir para testes clínicos, realizados em seres humanos, para que o combo se mostre eficaz e seguro no tratamento contra a dependência química. Por enquanto, eles acreditam que os resultados desses testes já representam um avanço significativo no campo de pesquisa em tratamentos contra a dependência da droga. “A combinação de substâncias com ações diferentes pode ser uma abordagem eficaz que não vem sendo aplicada extensivamente”, diz George Koob, que coordenou o trabalho.

Leia também: Abuso de cocaína acelera envelhecimento cerebral Descoberta proteína envolvida com o vício em cocaína Cientistas reduzem efeitos da cocaína no cérebro de ratos Uso de cocaína aumenta no Brasil, diz relatório

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