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Cirurgia bariátrica pode ajudar no controle da diabetes em pacientes moderadamente obesos

Revisão de pesquisas mostra que a cirurgia, antes reservada apenas para pacientes muito obesos, pode ser usada em pessoas com menor peso para controlar doenças metabólicas. Mas ressalva que ainda são necessários mais estudos de longo prazo para avaliar resultados e complicações

Por Da Redação
5 jun 2013, 17h43

A cirurgia bariátrica, conjunto de procedimentos de redução de peso, pode ajudar pessoas moderadamente obesas com diabetes tipo 2, informa estudo publicado nesta terça-feira no periódico da Associação Médica de Estados Unidos (JAMA). Os pesquisadores aleram ser necessário ter mais provas antes de promover sua generalização.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Bariatric Surgery for Weight Loss and Glycemic Control in Nonmorbidly Obese Adults With Diabetes A Systematic Review

Onde foi divulgada: periódico JAMA

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Quem fez: Melinda Maggard-Gibbons, Margaret Maglione, Masha Livhits, Brett Ewing, Alicia Ruelaz Maher, Jianhui Hu, Zhaoping Li, Paul G. Shekelle

Instituição: Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA, e outras instituições

Dados de amostragem: revisão de estudos publicados de janeiro de 1985 a setembro de 2012

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Resultado: Os diabéticos com obesidade moderada perderam mais peso e tiveram um controle melhor da glicose em dois anos depois da cirurgia bariátrica do que com tratamentos não cirúrgicos, como dietas e medicamentos. As evidências são, no entanto, insuficientes para concluir sobre o uso da cirurgia até que mais dados sobre os resultados a longo prazo e suas complicações estejam disponíveis.

“A cirurgia bariátrica para diabéticos que não são muito obesos tem mostrado resultados promissores no controle da glicose”, disse Melinda Maggard-Gibbons, principal autora do estudo e cirurgiã da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

O estudo se baseia em uma revisão da evidência que apoia o uso da cirurgia bariátrica para tratar diabéticos com um Índice de Massa Corporal (IMC – calcule aqui o seu) entre 30 a 35 – considerado o mais baixo do espectro de obesidade. Atualmente, recomenda-se a cirurgia apenas para pacientes com IMC acima de 40, ou de 35 a 40 que apresentem doenças como a diabetes.

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Os pesquisadores descobriram que os diabéticos com obesidade moderada perderam mais peso e tiveram um controle melhor da glicose em um período de dois anos depois deste tipo de cirurgia do que com tratamentos não cirúrgicos, como dietas e medicamentos.

Os pacientes com um bypass gástrico (técnica de derivação gástrica), um dos procedimentos de cirurgia barátrica mais utilizados, conseguiram melhores resultados – mais perda de peso a curto prazo e melhor controle dos níveis de açúcar no sangue – do que os que se submeteram a uma banda gástrica, cirurgia bariátrica de tipo restritivo.

Cautela – Apesar dos bons resultados, é preciso ter cautela. “Sem dúvida, precisamos de mais informações sobre os benefícios e riscos a longo prazo antes de recomendar a cirurgia bariátrica, em vez de um tratamento não-cirúrgico de perda de peso, para estas pessoas.”

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O cuidado se justifica, uma vez que os pesquisadores informaram que os resultados surgem de um número relativamente pequeno de pesquisas e que mais estudos são necessários, especialmente sobre como os pacientes reagem depois de dois ou mais anos, e eventuais complicações e efeitos secundários.

O Food and Drug Administration (FDA), órgão americano que regula alimentos e remédios, que exerce função similar a que a Anvisa tem no Brasil, aprovou a banda gástrica para pessoas com um IMC entre 30 e 35 e que tenham doenças relacionadas à obesidade.

Mais de um terço dos adultos norte-americanos (35,7%) são obesos (IMC maior ou igual a 30), segundo as estatísticas oficiais. No Brasil, segundo dados divulgados ano passado pelo Ministério da Saúde, o número de brasileiros acima do peso passou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, a proporção de obesos aumentou de 11,4% para 15,8%.

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(Com Agência France-Presse)

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