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Cientistas identificam genes da esquizofrenia

Descoberta dos genes mais atuantes no distúrbio mental pode levar a melhores diagnósticos e tratamento da doença

Por Da Redação
16 Maio 2012, 19h41

Cientistas anunciaram nesta terça-feira ter identificado os genes mais atuantes na esquizofrenia. Em um estudo que envolveu informação genética de milhares de pacientes com o distúrbio mental e de um grupo de controle saudável, os pesquisadores identificaram centenas de genes capazes de mostrar quem corre mais riscos de desenvolver a doença. A descoberta foi divulgada no periódico Molecular Psychiatry, publicação da revista científica Nature.

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ESQUIZOFRENIA

O distúrbio mental é caracterizado quando há perda de contato com a realidade, alucinações (audição de vozes), delírios, pensamentos desordenados, índice reduzido de emoções e alterações nos desempenhos sociais e de trabalho. A esquizofrenia afeta cerca de 1% da população mundial. O tratamento é feito com uso de remédios antipsicóticos, reabilitação e psicoterapia.

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“Quebramos o código genético da esquizofrenia, identificando muitos dos genes envolvidos e como eles funcionam juntos para provocar a doença”, diz Alexander Niculescu, coordenador do estudo, da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, em Indianápolis. “Entendendo melhor a base genética e biológica da doença, podemos desenvolver testes e tratamentos melhores.” Esses testes poderiam ser usados para determinar se crianças em famílias com casos de esquizofrenia correriam riscos de desenvolver a doença.

“Se forem determinados como em risco elevado, essas crianças seriam acompanhadas mais de perto pelos médicos, aconselhadas a evitar estresse, álcool e drogas, tratados com terapia, suplementos nutricionais (como cápsulas de óleo de peixe com ômega-3) e, inclusive, com ingestão precoce de medicamentos antipsicotrópicos para evitar o desenvolvimento completo da doença”, diz Niculescu.

Combinações – De acordo com o pesquisador, após identificar os genes relacionados com a esquizofrenia, a equipe testou suas descobertas em outros pacientes fora do grupo de estudos para mostrar que os resultados seriam reproduzíveis e teriam habilidade previsível. Estudos genéticos sobre psiquiatria costumam gerar uma excitação inicial. “Mas depois não são reproduzidos em populações independentes, que são a prova mais importante de que uma descoberta é sólida e real”.

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A equipe também usou dados cerebrais de camundongos que tomaram medicamentos que imitavam a esquizofrenia. “Alguns genes e mecanismos biológicos que identificamos podem ser usados para o desenvolvimento de um novo remédio”, disse Niculescu. Eles também podem ser usados para redirecionar drogas normalmente usadas para tratar outros distúrbios.

“O ambiente também desempenha um papel. Os genes que identificamos atuam na conectividade cerebral, portanto podem ocasionar mais criatividade em alguns indivíduos ou a doença em outros, variando de acordo com o excesso destas mutações genéticas na combinação errada e um ambiente estressante”, diz.

(Com agência France-Presse)

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