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Cientistas desenvolvem exame de sangue capaz de detectar câncer colorretal

Atualmente, a doença - um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil - é diagnosticada principalmente por colonoscopia. Estudo inicial mostrou que o novo teste detecta o câncer com 87% de precisão

Por Da Redação
10 jun 2013, 10h34

Pesquisadores desenvolveram um método não invasivo capaz de detectar o câncer colorretal com 87% de precisão tanto em estágios iniciais quanto mais avançados da doença. A abordagem consiste em detectar se há uma alteração no gene SDC2 a partir da análise de amostras do sangue dos paciente. O estudo que avaliou o teste também mostrou que ele detecta com 95% de precisão quais são os indivíduos livres desse tipo de câncer. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira no periódico The Journal of Molecular Diagnostics.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Genome-Wide Identification and Validation of a Novel Methylation Biomarker, SDC2, for Blood-Based Detection of Colorectal Cancer

Onde foi divulgada: periódico The Journal of Molecular Diagnostics.

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Quem fez: TaeJeong Oh, Nayoung Kim, Youngho Moon, Myung Soon Kim, Benjamin D. Hoehn, Chan Hee Park, Tae Soo Kim, Nam Kyu Kim, Hyun Cheol Chung e Sungwhan An

Instituição: Genomictree Inc., Coreia do Sul

Dados de amostragem: 143 pessoas com câncer colorretal e outros 125 indivíduos livres da doença

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Resultado: Um exame de sangue que detecta determinada alteração química no gene SDC2 pode ajudar a determinar quais pacientes apresentam câncer colorretal e quais não tem a doença com 87% e 95% de precisão, respectivamente.

O câncer colorretal abrange tumores que atingem um segmento do intestino grosso, o cólon, e o reto. Diagnosticar precocemente a doença é essencial para reduzir o risco de metástase e aumentar as chances de sobrevivência e cura do paciente. Atualmente, a principal forma de detecção desse câncer é a colonoscopia, mas o procedimento é invasivo, desconfortável e, por isso, muitos pacientes preferem não ser submetidos a ele. Daí a importância de serem encontradas formas eficazes de diagnosticar a doença por métodos menos invasivos.

Vídeo: Saiba como se prevenir do câncer no intestino

Um grupo de cientistas da empresa sul-coreana Genomictree realizou uma análise do DNA de 12 pacientes com câncer colorretal a partir de amostras de tecido dos tumores de cada um. Os pesquisadores, então, identificaram um grupo de genes que apresentou alterações no DNA de todos esses indivíduos. Entre esses genes estava o SDC2, que codifica determinada proteína conhecida por estar envolvida no processo de proliferação e migração de células cancerígenas.

Nessa fase da pesquisa, os autores observaram que alterações químicas conhecidas como metilações, que podem ser introduzidas e retiradas sem alterar a sequência genética original, no gene SDC2 pareciam estar associadas ao câncer colorretal.

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Validação – Os autores do estudo, então, testaram o gene SDC2 como um marcador biológico (substância medidas para detectar alguma doença ou desequilíbrio no organismo) para o câncer colorretal em outros 131 pacientes com essa doença e em um grupo de controle, formado por 125 pessoas livres da condição.

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Segundo Sungwhan An, CEO da Genomictree e coordenador a pesquisa, o teste que detecta metilação no gene SDC2 pode ser utilizado como alternativa à colonoscopia, ou então como um procedimento complementar a ela. O pesquisador acredita que o método também possa ser útil para monitorar a progressão do câncer colorretal, assim como os resultados do tratamento.

Esses resultados fazem parte da primeira fase dos testes clínicos do exame – ao todo, são necessárias três etapas para validar um método diagnóstico. De acordo com Sungwhan An, os próximos estudos devem explorar se o SDC2 é um marcador biológico restrito ao câncer colorretal ou então se poderia ajudar a diagnosticar outros tipos de câncer.

Prevalência – Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), houve cerca de 30.000 novos casos de câncer colorretal no Brasil em 2012 e foram registradas 13.344 mortes pela doença no mesmo ano. Em 2012, essa doença foi o terceiro tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres.

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