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Cientistas descobrem como paracetamol alivia a dor

Pesquisa pode dar origem a nova geração de analgésicos

Por Da Redação
26 nov 2011, 14h39

Pesquisadores da Lund University, na Suécia, e da Faculdade de Medicina do King’s College, de Londres, descobriram como o paracetamol alivia a dor. Embora tenha sido descoberto há mais de cem anos, em 1890, e seja usado como analgésico desde 1950, seu mecanismo de funcionamento ainda era desconhecido pelos cientistas

O achado dos ingleses e suecos pode levar ao desenvolvimento de novas drogas menos tóxicas. Usado corretamente, nas doses indicadas pelos médicos, o paracetamol é perfeitamente seguro, mas a overdose do medicamento, mesmo em pequenas quantidades, pode causar sérios danos ao fígado, como apontou, esta semana, uma pesquisa britânica.

Os pesquisadores identificaram uma proteína chamada TRPA1, presente na superfície das células nervosas, necessária para que o paracetamol possa fazer efeito. No estudo conduzido com camundongos, os cientistas perceberam que, ao retirar a proteína dos animais, o remédio deixava de fazer efeito.

Também foi descoberto que não é o paracetamol que ativa diretamente a TRPA1, e sim um subproduto formado a partir do metabolismo do medicamento, conhecido como NAPQI. O problema é que o NAPQI é tóxico. Em pequenas quantidades, o fígado consegue neutralizá-lo. Em grandes, pode causar os problemas citados na pesquisa que mostra os riscos da overdose de paracetamol.

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“O que vimos acontecer nos camundongos é que o produto formado pelo metabolismo do paracetamol estimula a proteína TRPA1. Quando ela é ativada, parece interferir na comunicação entre as células nervosas sensíveis à dor, reduzindo a transmissão dessa informação para o cérebro”, diz Stuart Bevan, do King’s College, co-autor do estudo.

Os pesquisadores afirmaram que é possível identificar outros compostos analgésicos similares ao paracetamol que também ativam o TRPA1, mas sem provocar danos ao fígado. “O estudo valida o TRPA1 como o novo alvo para as drogas de alívio da dor”, afirma David Andersson, pesquisador do Centro de Doenças Relacionadas com a Idade, do King’s College.

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