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Pesquisa indica como detectar Alzheimer cinco anos antes dos primeiros sintomas

A descoberta pode auxiliar no desenvolvimento de medicamentos capazes de postergar ou evitar o surgimento da doença

Por Da Redação
16 out 2013, 22h50

Cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de detectar se os problemas de memória apresentados por um paciente podem evoluir para a doença de Alzheimer. Em um estudo, a equipe concluiu que níveis específicos de duas proteínas presentes no fluido cerebrospinal (líquido que envolve e protege o cérebro contra lesões) ajudam a prever o surgimento da doença até cinco anos antes do início dos sintomas.

Para os autores, a descoberta, publicada nesta quarta-feira na revista Neurology, pode auxiliar no desenvolvimento de medicamentos capazes de postergar ou evitar o surgimento do Alzheimer – atualmente, não existem drogas com esse efeito. Os pesquisadores acreditam que os testes feitos até agora falharam por terem sido realizados em pessoas que apresentavam sintomas relacionados ao Alzheimer e que possivelmente já haviam sido afetadas de forma mais grave pela doença. Acredita-se que a moléstia se desenvolva no cérebro pelo menos dez antes dos primeiros sintomas clínicos aparecerem.

“Quando vemos um paciente com pressão ou colesterol altos, não esperamos até que ele tenha uma insuficiência cardíaca para tratá-lo. O tratamento precoce em pessoas com doenças do coração evita que o problema se agrave, então é possível que o mesmo ocorra com indivíduos com Alzheimer pré-sintomático”, diz Marilyn Albert, professora de neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins e coordenadora do estudo.

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Análise – A pesquisa de Marilyn se baseou em amostras de fluido cerebrospinal coletadas de 265 adultos saudáveis, entre 1996 e 2005. Durante o período da pesquisa e até o ano de 2009, os voluntários foram submetidos a diversos exames físicos e neuropsicológicos.

Os pesquisadores conseguiram identificar quais são os níveis de duas proteínas presentes no fluido cerebrospinal relacionadas a uma maior possibilidade de o comprometimento cognitivo evoluir para a doença de Alzheimer. Essas duas proteínas são a Tau e a beta-amiloide. A equipe demonstrou que quanto maior o nível da proteína Tau e menor o da beta-amiloide no fluido cerebrospinal, maiores as chances de desenvolver a enfermidade.

Segundo os autores, porém, mesmo que uma pesquisa maior confirme esses achados, ainda não será possível evitar o surgimento do Alzheimer justamente pelo fato de ainda não existir um medicamento capaz de fazer isso.

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