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Estudo defende mudança no diagnóstico de diabetes tipo 2

Pesquisadores descobriram forma de prever a doença antes de taxa de açúcar no sangue aumentar - e antes de parte dos danos do diabetes ao corpo ocorrer

Por Da Redação
4 set 2014, 11h16

Cientistas britânicos identificaram uma forma de detectar o diabetes tipo 2 antes de os níveis de glicose no sangue ficarem elevados. Segundo eles, isso é importante pois, quando a taxa de açúcar aumenta, alguns danos causados pela doença já ocorreram, especialmente nos vasos sanguíneos dos olhos, rins e cérebro.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Evidence That Multiple Defects in Lipid Regulation Occur before Hyperglycemia during the Prodrome of Type-2 Diabetes​

Onde foi divulgada: Plos One

Quem fez: Simon G. Anderson, Warwick Dunn, Moulinath Banerjee, Marie Brown, David Broadhurst, Royston Goodacre, Garth Cooper, Douglas Kell e Kennedy Cruickshank​

Instituição: King’s College London e Universidade de Manchester, Grça

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Resultado: Alterações em um grupo de partículas de gordura presentes no sangue podem indicar que o paciente desenvolverá diabetes tipo 2, e podem ser detectadas antes mesmo da taxa de açúcar no sangue elevar-se.

A descoberta se baseia em um estudo feito com 106 mulheres que não tinham diabetes tipo 2. Elas foram classificadas como tendo um risco alto, intermediário ou baixo de desenvolver a doença e, então, acompanhadas por 22 meses.

Durante esse tempo, os autores mediram os níveis de determinadas substâncias na corrente sanguínea das participantes. Isso foi feito antes de parte delas apresentar taxas elevadas de açúcar no sangue, caracterizando um quadro de pré-diabetes (níveis altos de glicose, mas não suficientes para indicar a doença) ou de diabetes tipo 2.

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Os pesquisadores descobriram que alterações em um grupo de partículas de gordura presentes no sangue preveem o surgimento do diabetes tipo 2, mesmo podendo ser detectadas antes do aumento da taxa de glicose.

“Os vasos sanguíneos se danificam como parte da doença, mas esses problemas começam antes de a taxa de açúcar se elevar no quadro pré-diabético”, diz o coordenador do estudo, Kennedy Cruickshank, professor de medicina do King’s College London, na Grã-Bretanha. “Nosso trabalho acrescenta evidências ao argumento de que o diabetes tipo 2 não deve ser classificado como ‘diabetes’ apenas medindo a taxa de glicose no sangue.”

Para Cruickshank, os achados do estudo, que foi publicado nesta semana no periódico Plos One, podem, mudar a forma de diagnosticar e tratar o diabetes tipo 2 no futuro. Sua equipe tem alguns estudos em andamento sobre, por exemplo, formas de tratar precocemente os danos da doença aos vasos sanguíneos.

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