CFM libera uso da estimulação magnética extracraniana
A técnica é indicada para o tratamento de depressão e de alucinações auditivas em pacientes esquizofrênicos
A estimulação magnética extracraniana (EMT) superficial foi aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A partir desta quarta-feira, a técnica, que era feita somente em caráter experimental no país, passou a ser indicada para o tratamento de depressões uni e bipolar, alucinações auditivas nas esquizofrenias e em planejamento de neurocirurgias.
Saiba mais:
ESTIMULAÇÂO MAGNÉTICA EXTRACRANIANA
O procedimento não-invasivo usa pulsos magnéticos para estimular regiões específicas do cérebro, alterando as atividades cerebrais naquelas áreas. Apesar do potencial de estímulo poder ser feito em várias escalas – do superficial ao profundo – apenas o superficial foi aprovado pelo Conselho Federal de Medicina brasileiro.
O reconhecimento científico do procedimento, feito pela Resolução CFM 1.986/2012, traz parâmetros para a utilização da EMT, como frequência, intensidade, tempo de duração e números de séries, intervalos, dias de tratamentos, totais de pulsos e locais de aplicação. O uso dos equipamentos de estimulação deverá ainda ser feita exclusivamente por médicos.
A prescrição médica deve ser antecedida de registros no prontuário e de entrevista contendo identificação, queixa principal, história da doença atual, história pessoal, história familiar, social e ocupacional, exame físico, exame mental, conclusões com diagnóstico e justificativa da prescrição, bem como o resultado dos exames complementares requisitados.
De acordo com a resolução, a EMT profunda, por precisar ainda de definição dos limites de seu emprego e de critérios de segurança, deve continuar sendo um ato médico experimental. Para outras indicações, a EMT superficial continua como um procedimento experimental, por carecer, ainda, de dados que comprovem sua validade.