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Pacientes submetidos à radiação podem recuperar memória

Déficit cognitivo causado em quase todos os que recebem tratamento contra tumores cerebrais pode ser restaurado a partir do implante de células-tronco

Por Da Redação
14 jul 2011, 12h14

Pacientes submetidos a terapias de radiação contra tumores cerebrais já podem receber tratamento com células-tronco neurais a fim de recuperar as habilidades de aprendizagem e de memória perdidas durante as sessões. De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, o implante local dessas células conseguiu recuperar a função cognitiva em ratos de laboratório em quatro meses.

“Nossa descoberta mostra evidências sólidas de que tais células podem ser usadas para reverter o dano causado pela radiação em tecidos saudáveis do cérebro”, diz Charles Limoli, professor de radiologia da Universidade da Califórina. Os resultados do estudo aparecem na edição de julho do Cancer Research, um periódico da Associação Americana para a Pesquisa sobre Câncer.

De acordo com Limoli, quase todos os pacientes que passam por tratamentos de radiação para o câncer cerebral enfrentam um déficit cognitivo grave, que é ainda progressivo e debilitante. “Em pacientes pediátricos pode haver a perda de até três pontos do quociente de inteligência por ano”, diz.

Teste – Na pesquisa, os cientistas dividiram os ratos de laboratório em dois grupos: aqueles que receberiam as células-tronco dois dias após o tratamento com radiação e aqueles que não as receberiam. Eles descobriram, então, que os animais que receberam as células tiveram uma melhora na cognição, recuperando a capacidade de aprender e de usar a memória.

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Descobriu-se ainda que o transplante de apenas 100.000 células-tronco neurais foi suficiente para melhorar a função cognitiva após as sessões de radiação. Das células que sobreviveram ao procedimento, cerca de 15% se transformaram em novos neurônios e 45% em astrócitos e oligodendrócitos (células fundamentais para a manutenção e ação dos neurônios).

“Esta pesquisa sugere que as terapias com células-tronco poderão, um dia, ser implementadas para prestar socorro aos pacientes que sofrem de deficiências cognitivas em função dos tratamentos contra o câncer”, diz Limoli.

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