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Casamento pode ajudar no tratamento contra o câncer

Pesquisa mostra que a presença de um cônjuge faz o paciente diagnosticar os tumores em um estágio mais inicial e seguir o tratamento de forma mais adequada

Por Da Redação
24 set 2013, 12h06

Tradicionalmente, durante as cerimônias de casamento os noivos prometem ser fiéis na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença. Uma nova pesquisa publicada nesta segunda-feira na revista Journal of Clinical Oncology mostra que, pelo menos durante a doença, a promessa pode compensar. Segundo os dados analisados pelos cientistas, pacientes que estão casados no momento em que são diagnosticados com câncer costumam viver mais do que os solteiros.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Marital Status and Survival in Patients With Cancer

Onde foi divulgada: periódico Journal of Clinical Oncology

Quem fez: Paul Nguyen, entre outros pesquisadores

Instituição: Instituto de Câncer Dana-Farber, entre outros

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Dados de amostragem: 734.889 pessoas que foram diagnosticadas com câncer nos Estados Unidos entre 2004 e 2008

Resultado: Os pesquisadores descobriram que pacientes com câncer solteiros foram 17% mais propensos a ter câncer metastático e tiveram uma probabilidade 53% menor de receber o tratamento apropriado.

Isso acontece porque os casados tendem a ter seus tumores diagnosticados numa fase anterior – quando é mais provável que sejam combatidos com sucesso – e a receber um tratamento mais apropriado. “Nossos dados sugerem que o casamento pode ter um impacto significativo para a saúde do paciente com câncer. Nós suspeitamos que o apoio fornecido pelo cônjuge é o que causa essa melhoria impressionante em sua sobrevivência. O companheiro muitas vezes o acompanha em suas consultas médicas e certifica-se de que ele entende as recomendações e segue todo o tratamento”, diz Ayal Aizer, pesquisador do Harvard Radiation Oncology Program, nos Estados Unidos, e autor do estudo.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores analisaram dados de 734.889 pacientes diagnosticadas com câncer entre 2004 e 2008 e registrados pelo Programa de Vigilância, Epidemiologia e Resultados Finais do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Eles se concentraram nos dez tipos de tumores que mais causam mortes no país: câncer de pulmão, colorretal, mama, pâncreas, próstata, duto biliar, linfoma não-Hodgkin, cabeça e pescoço, ovário e esôfago.

A análise constatou que os pacientes que não eram casados – o que incluía viúvos – tiveram uma probabilidade 17% maior de sofrer uma metástase em seu câncer, com o tumor se espalhando além do seu local original. Além disso, tiveram uma chance 53% menor de receber e seguir o tratamento apropriado.

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Segundo os pesquisadores, o estudo não deve ser visto como uma apologia irrestrita ao casamento, mas deve servir como uma mensagem clara para qualquer um que tenha um amigo ou um ente querido com câncer. “Ao estar disponível para essa pessoa, ajudá-la a cumprir seus compromissos e acompanhá-la durante todos os tratamentos, você pode fazer uma diferença real em sua saúde”, diz Paul Nguyen, pesquisador do Instituto de Câncer Dana-Farber, nos Estados Unidos, e autor do estudo.

“Como oncologistas, nós precisamos estar cientes dos vínculos sociais disponíveis aos nossos pacientes e incentivá-los a buscar e aceitar o apoio de amigos e familiares durante este tempo difícil” afirma Nguyen.

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