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Campinas: Investigação vai ouvir todos os profissionais envolvidos no exame de ressonância magnética

Equipe investiga a causa da morte de três pacientes após serem submetidos a um exame de imagem com uso de contraste no Hospital Vera Cruz

Por Da Redação
30 jan 2013, 08h56

Todos os profissionais que estiveram envolvidos na realização das ressonâncias magnéticas no Hospital Vera Cruz, em Campinas, serão ouvidos. A investigação é conduzida pela equipe que apura a causa da morte de três pacientes após serem submetidos ao exame nesta segunda-feira. Segundo o secretário municipal da Saúde, Carmino Antonio de Souza, serão investigados “desde os responsáveis pelo armazenamento dos produtos e equipamentos até quem aplicou o contraste e fez a ressonância”, afirmou nesta terça-feira. Além disso, de acordo com o secretário, uma equipe começou a rastrear na cidade a matéria-prima dos medicamentos e soluções aplicadas nas vítimas para identificar possíveis problemas em outros hospitais e clínicas.

Os delegados Alessandro Marques e Antônio Palmieri passaram a tarde desta terça-feira no Centro de Radiologia do hospital ouvindo uma médica e uma auxiliar técnica que participaram dos exames e colhendo materiais junto ao Instituto de Criminalística. A perícia também colheu material dos corpos para análise de produtos no organismo. “Vamos buscar mais dados nas investigações e, na sexta-feira, a Delegacia Seccional vai convocar uma coletiva para divulgar o que estamos apurando”, afirmou Marques.

Segundo Pedro Marquese, presidente do Sindicato dos Tecnólogos, Técnicos e Auxiliares em Radiologia de Campinas e Região, os equipamentos de ressonância são seguros e a calibragem do volume de contraste a ser injetado durante o exame é feita pela máquina, com poucas chances de erro. “As causas dessas mortes são verdadeiras interrogações”, disse.

Investigação – A Vigilância Sanitária Estadual vai interditar os sete lotes de medicamentos usados nos três pacientes que morreram em Campinas. Nesta terça-feira, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo informou que iria encaminhar a Campinas uma equipe de farmacovigilância e de radiação ionizante para auxiliar os trabalhos de investigação. No entanto, o órgão ressaltou que “que cabe à Vigilância Sanitária Municipal fazer a investigação dos fatos”.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também vai participar das investigações. Segundo o órgão, dois técnicos da Anvisa foram enviados para Campinas nesta quarta-feira com o objetivo de acompanhar a apuração da causa que levou às mortes. Esses técnicos não devem tomar a frente da investigação, que continua sob responsabilidade da Vigilância Sanitária Municipal. Dependendo do rumo que as investigações tomarem, é possível que haja interdição em âmbito nacional dos lotes dos medicamentos usados nos pacientes.

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O caso – Nesta segunda-feira, três pacientes morreram por parada cardiorrespiratória após serem submetidos a um exame de ressonância magnética com uso de contraste no Hospital Vera Cruz, em Campinas, que é referência nesse tipo de procedimento. As vítimas são Mayra Cristina Augusto Monteiro, de 25 anos, Pedro José Ribeiro Porto Filho, de 36 anos, e Manuel Pereira de Souza, de 39 anos. Dois desses pacientes passaram mal logo depois do exame, e a terceira vítima, que chegou a ir embora do hospital, retornou à unidade após sentir dores. No mesmo dia em que esses pacientes foram submetidos à ressonância com contraste, outros 83 indivíduos realizaram o mesmo procedimento, também no Hospital Vera Cruz, mas não apresentaram reações adversas.

Segundo Carmino Antonio de Souza, secretário municipal da Saúde de Campinas, foram usados contrastes de marcas diferentes nesses pacientes. Além disso, também eram diferentes as máquinas em que seus exames foram realizados. Por causa do ocorrido, a Vigilância Sanitária Municipal interditou o setor do Hospital Vera Cruz responsável por realizar os exames de ressonância magnética e a Secretaria Municipal da Saúde orientou todos os hospitais e clínicas de Campinas a suspenderem temporariamente a realização de exames de ressonância magnética e tomografias com contraste.

(Com Estadão Conteúdo)

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