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Consumo moderado de álcool diminui risco de artrite reumatoide em mulheres

Segundo estudo feito com mais de 30.000 pessoas, três doses de bebida por semana reduz pela metade as chances da doença

Por Da Redação
11 jul 2012, 12h32

O consumo moderado de álcool, que já foi associado a diversos benefícios à saúde, entre eles redução do risco de doenças cardiovasculares, Alzheimer e câncer de mama, pode proteger contra a artrite reumatoide. É o que indicou um novo estudo publicado nesta terça-feira no periódico British Medical Journal (BMJ). De acordo com a pesquisa, mulheres que ingerem três doses ou mais de bebida alcoólica por semana (três copos de chopp ou três taças de vinho, por exemplo) ao longo de pelo menos dez anos reduzem pela metade as chances de apresentar a doença em comparação com as abstêmias.

Saiba mais

ÁLCOOL E SAÚDE

A relação entre consumo de álcool e doenças cardiovasculares em seres humanos pode ser representada por uma ‘curva em J’, segundo análise estatística: quem bebe pequenas quantidades de álcool por dia (duas doses para homens e uma para mulheres) costuma ter riscos menores de ter um infarto do coração ou um derrame cerebral do que abstêmios; mas quem bebe muito aumenta as chances de ter esses problemas. O ‘J’ representa essa curva graficamente. A perna menor da letra representa o risco dos abstêmios. Sua queda na curva da letra representa o risco dos bebedores moderados, e sua ascensão acentuada na perna grande da letra o risco dos que bebem muito.

A artrite reumatoide é uma doença do sistema imunológico caracterizada pela inflamação crônica das articulações, provocando dores e podendo levar a deformações das articulações. Suas causas ainda são desconhecidas e pouco se sabe sobre como reduzir os riscos do problema.

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Especialista tira dúvidas sobre benefícios da cerveja e vinho

Para entender mais sobre o problema, uma equipe de pesquisadores do Instituto Karolisnka, na Suécia acompanhou mais de 34.000 mulheres de 55 a 89 anos ao longo de um ano. As participantes forneceram informações sobre prática atividade física, consumo de álcool, tabagismo e hábitos alimentares. Até o final da pesquisa, 400 voluntárias foram diagnosticadas com artrite reumatoide. De acordo com os pesquisadores, os benefícios do consumo moderado de bebida alcoólica foram observados tanto em relação à ingestão de vinho e cerveja quanto de bebidas destiladas.

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Os autores não sabem dizer se é o álcool que provoca diretamente a redução dessas chances, mas eles acreditam que a bebida possa fazer com que o sistema imunológico produza menos proteínas envolvidas no processo inflamatório. No entanto, os pesquisadores ressaltam que o álcool pode ter efeitos negativos entre pessoas que já apresentam a doença e que, em excesso, prejudica a saúde de todos os indivíduos (saiba mais sobre quem deve evitar a bebida alcoólica).

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Osteoporose – Um estudo menor divulgado nesta quarta-feira no periódico Menopause concluiu que o consumo de bebida alcoólica em moderação é benéfico à saúde óssea da mulher e reduz o risco de osteoporose após a menopausa. De acordo com o trabalho, feito na Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, esse efeito foi obtido pelas 40 participantes da pesquisa com a ingestão diária de duas doses de álcool.

Não é para você

Apesar de a bebida alcoólica, com moderação, proporcionar benefícios para a saúde, ela não é indicada para todos. Existem pessoas que não devem ingerir quantidade alguma de álcool, já que os prejuízos são muito maiores do que as vantagens. Sinal vermelho para quem tem os seguintes problemas:

Doença hepática alcoólica: é a inflamação no fígado causada pelo uso crônico do álcool. Principal metabolizador do álcool no organismo, o fígado é lesionado com a ingestão de bebidas alcoólicas.

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Cirrose hepática: o álcool destrói as células do fígado e é o responsável por causar cirrose, quadro de destruição avançada do órgão. Pessoas com esse problema já têm o fígado prejudicado e a ingestão só induziria a piora dele.

Triglicérides aumentado: o triglicérides é uma gordura tão prejudicial quanto o colesterol, já que forma placas que entopem as artérias, podendo causar infarto e derrame cerebral. O álcool aumenta essa taxa. Portanto, quem já tiver a condição deve manter-se longe das bebidas alcoólicas.

Pancreatite: a doença é um processo inflamatório do pâncreas, que é o órgão responsável por produzir insulina e também enzimas necessárias para a digestão. O consumo exagerado de álcool é uma das causas dessa doença, e sua ingestão pode provocar muita dor, danificar o processo de digestão e os níveis de insulina, principal problema do diabetes.

Úlcera: é uma ferida no estômago. Portanto, qualquer irritante gástrico, como o álcool, irá piorar o problema e aumentar a dor.

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Insuficiência cardíaca: por ser tóxico, o álcool piora a atividade do músculo cardíaco. Quem já sofre desse problema deve evitar bebidas alcoólicas para que a atividade de circulação do sangue não piore.

Arritmia cardíaca: de modo geral, ele afeta o ritmo dos batimentos cardíacos. A bebida alcoólica induz e piora a arritmia.

Redobre a atenção

Há também aqueles que devem ter muito cuidado ao beber, mesmo que pouco.Tudo depende do grau da doença, do tipo de remédio e do organismo de cada um.

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Problemas psiquiátricos: o álcool muda o comportamento das pessoas e pode alterar o efeito da medicação. É arriscada, portanto, a ingestão de bebida alcoólica por aqueles que já têm esse tipo de problema.

Gastrite: é uma fase anterior à úlcera e quem sofre desse problema deve tomar cuidado com a quantidade de bebida alcoólica ingerida. Como pode ser curada e controlada, é permitido o consumo álcool moderado, mas sempre com autorização de um médico.

Diabetes: Todos os diabéticos devem ficar atentos ao consumo de álcool. A quantidade permitida dessa ingestão depende do grau do problema, dos remédios e do organismo da pessoa. Recomenda-se, se for beber, optar por fazê-lo antes ou durante as refeições para evitar a hipoglicemia.

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