Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Vítima do massacre em Orlando conta como sobreviveu ao ataque

Angel Colon foi baleado por Omar Mateen durante o pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos e conseguiu sobreviver fingindo-se de morto

Por Da Redação
14 jun 2016, 20h30

“Eu sou o próximo, estou morto”, pensou Angel Colon, sobrevivente do massacre na boate gay Pulse, em Orlando, quando ouviu o atirador Omar Mateen se aproximar. Após ser baleado nas pernas, o jovem fingiu-se de morto e conseguiu, por pouco, escapar do homem que atirava incessantemente nas pessoas à sua volta.

Nesta terça-feira, Colon descreveu o terror que passou no último final de semana, durante uma coletiva de imprensa junto a outros sobreviventes e funcionários do hospital Orlando Health. Colon e os amigos estavam se despedindo na boate, por volta das 2 horas da manhã, quando ouviram os primeiros sons de tiro, que continuaram sem parar na sequência. Ele conta que começou a correr, mas logo foi baleado três vezes na perna e caiu no chão. “Eu não conseguia mais caminhar. Só conseguia ouvir tiros, um após o outro, além de pessoas gritando e pedindo ajuda”, descreveu.

Deitado da casa noturna em meio a diversos corpos, Colon achou que estava finalmente seguro quando o atirador se afastou para outra parte do estabelecimento. Porém, em seguida, ouviu os tiros se aproximando novamente. “Ele estava atirando em todo mundo que já estava morto no chão, se certificando de que não estavam vivos”, relatou o jovem. “Eu consegui espiar, olhei para cima e vi ele atirar na menina ao meu lado”. Foi neste momento que Colon achou que não tinha mais chances de sobreviver.

Leia mais:

Continua após a publicidade

Mulher do terrorista de Orlando pode ser indiciada pela polícia

Ex-mulher disse que atirador de Orlando tinha ‘tendências gays’

Atirador de Orlando era frequentador regular da boate Pulse

Continua após a publicidade

Por sorte, Mateen mirou a cabeça do jovem, mas acertou sua mão e depois o seu quadril. “Eu só fiquei lá, deitado, para que ele não soubesse que eu estava vivo. Ele continuou atirando em todos por mais 5 ou 10 minutos”, contou a vítima. Colon foi resgatado alguns minutos depois, quando a polícia matou o atirador e invadiu a boate. “Nesse momento eu não sentia dor, mas sentia todo aquele sangue em mim, meu e de outras pessoas. O policial me largou na rua e eu via corpos por todos os lados”, descreveu.

Emocionado, Angel Colon agradeceu à equipe do hospital por ter salvo sua vida e pelo tratamento atencioso desde o massacre, que matou 49 pessoas e feriu outras 53. De acordo com o cirurgião Michael Cheatham, seis pessoas continuam internadas em estado grave e o número de vítimas pode aumentar nos próximos dias.

‘Sofreram demais’ – A sobrevivente Patience Carter também esteve frente a frente com Mateen, quando ele invadiu o banheiro no qual se escondia com outros frequentadores da boate. A jovem negra conta que o atirador se dirigiu diretamente a ela e outro homem que estava a seu lado, também negro, e perguntou se haviam “outros de vocês aqui”. “Vocês sabem, eu não tenho problema com pessoas negras. Isso é sobre o meu país. Vocês já sofreram demais”, disse Mateen . O atirador era cidadão americano, mas tinha origem afegã.

Continua após a publicidade

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.