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Vice-presidente manifesta divergências em relação a Assad

É a primeira vez que um alto dirigente apresenta uma visão diferente sobre crise

Por Da Redação
17 dez 2012, 12h04

O vice-presidente sírio, Faruk Shareh, pediu em uma entrevista divulgada nesta segunda-feira uma solução negociada para a crise em seu país. No entanto, Shareh também disse que o ditador Bashar Assad prefere a opção militar para esmagar a rebelião armada.

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Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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“Assad não esconde sua vontade de escolher a opção militar até a vitória final e acredita que depois o diálogo político será realmente possível”, afirmou Shareh em uma entrevista concedida no fim de semana passado em seu gabinete de Damasco ao jornal libanês pró-sírio Al-Akhbar, que a publicou integralmente. “Os que têm a sorte de se reunir com o senhor presidente ouvirão de sua boca que se trata de um conflito longo e de uma grande conspiração tramada por várias partes”, disse.

O vice-presidente sunita, no entanto, é contrário a essa solução. “Nenhuma rebelião pode colocar fim à batalha com meios militares. Da mesma maneira, as operações das forças de segurança e das unidades do exército tampouco colocarão fim à batalha”, assegurou.

Shareh, considerado um possível substituto de Assad em caso de transição negociada, pediu um acordo histórico entre as partes. “Assad tem todos os poderes do país. Mas há opiniões e pontos de vista diferentes no comando sírio. No entanto, não se chegou ao ponto de falar de correntes ou divisões profundas”.

Divergências – É a primeira vez que um dirigente sírio de alto escalão fala sobre tais divergências de ponto de vista na liderança do Estado. Em um país autocrático como a Síria, significa que conta com apoios importantes para poder protestar assim.

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“Existem na Síria instituições executivas, legislativas e jurídicas que dirigem os assuntos do Estado. Seus responsáveis trabalham, ou alguns deles reivindicam que trabalham segundo as ordens, e às vezes tomam decisões, mas apontando com o dedo para o retrato pendurado na parede do escritório, o que significa que a ordem é indiscutível”, afirmou.Em todos os gabinetes oficiais, há um retrato de Assad.

Shareh, de 73 anos, foi durante 22 anos chefe da diplomacia síria, antes de se tornar vice-presidente. Desde o início da crise, em março de 2011, ofereceu-se para servir de mediador, embora esteja dividido entre sua lealdade ao regime e seu apego a sua região natal de Deraa (sul), berço da rebelião.

(Com agência France-Presse)

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