Capriles e Maduro tentam mobilizar eleitores no Twitter
Imprensa local reporta comparecimento às urnas menor que a do pleito de 2012
Os dois principais candidatos nas eleições presidenciais que acontecem neste domingo na Venezuela, o governista Nicolás Maduro e o opositor Henrique Capriles, recorreram neste domingo ao Twitter para estimular seus eleitores.
“Vamos comanditos, bater recordes de participação de nossa Democracia Mobilizada. O Soberano decidirá o rumo da Pátria de Bolívar”, escreveu o candidato chavista e presidente interino do país em sua conta. Em outra mensagem na mesma rede social, o herdeiro de Hugo Chávez escreveu: “Lealdade União e Amor. Lealdade ao sonho Chávez União do povo e Amor à Pátria para garantir o futuro e a paz eterna”.
Capriles também recorreu ao Twitter e convidou seus seguidores a ler sua coluna semanal em que confia poder vencer o chavismo. “Convido-os a ler minha coluna semanal! Hoje todos podemos mudar o país”, escreveu, após abrir o dia com a mensagem “Está clareando a manhã na Venezuela…Vamos votar! Esperança, fé e coragem!”.
Participação – Apesar dos apelos dos candidatos, a imprensa local reportou que, em comparação com o pleito do ano passado, agora o comparecimento às urnas parece menor. Os jornais El Nacional e El Universal informam que, por enquanto, a presença é menor até mesmo na zona leste de Caracas, tradicional bastião da oposição. A agência de notícias EFE percorreu várias seções eleitorais na capital do país e relatou filas menores do que há seis meses nas primeiras horas da votação.
“Não há filas nos centros de votação, ou as filas são muito curtas”, disse Carlos Ocaríz, diretor nacional da equipe de campanha do líder opositor Henrique Capriles, que pediu à população que vá votar “o mais rápido possível”. Até o momento, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não forneceu nenhuma informação oficial de participação. O votação começou às 6h (7h30) no Brasil) e vai até às 18h local (19h30 no Brasil).
As eleições de outubro registraram uma participação recorde de 80,48% dos 18,8 milhões de cidadãos aptos a votar, o mesmo critério usado no pleito deste domingo. Na eleição de outubro Chávez venceu com 55% dos votos o líder opositor Henrique Capriles (44,3%).
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Denúncia – Segundo a presidente do Conselho Eleitoral Nacional (CEN) do país, Tibisay Lucena, até agora foram feitas cinco denúncias do chamado “voto assistido” – quando o eleitor declara seu voto acompanhado de outra pessoa – e outros quatro delitos eleitorais não especificados. A proibição da prática de voto assistido visa impedir que os eleitores sejam intimidados a votar em um determinado candidato. A presidente do CEN reforçou também que a propaganda eleitoral é proibida neste domingo. Ela disse ainda que foram realizadas 300 substituições de urnas eleitorais, o que considerou como um número baixo em relação a outros pleitos eleitorais.
Pesquisa – Em pesquisa divulgada na sexta-feira, Maduro aparecia com 44% das intenções de voto, e Capriles, 37%. Não há segundo turno na Venezuela, e pesquisas de boca de urna não são permitidas. Ao todo, quase 19 milhões de pessoas estão aptas para escolher o sucessor de Hugo Chávez, morto em 5 de março.
(com agência EFE e AFP)