Venezuela inicia validação de assinaturas favoráveis ao referendo

Conselho Nacional Eleitoral (CNE) exige que venezuelanos voltem às seções eleitorais para que suas assinaturas sejam confirmadas com detecção de impressão digital

Por Da Redação
20 jun 2016, 17h40

Eleitores venezuelanos fazem filas no Conselho Nacional Eleitoral, na capital Caracas, durante a segunda fase do referendo, para a deposição do presidente do país, Nicolás Maduro - 20/06/2016 (Ivan Alvarado/Reuters/Reuters)

Venezuelanos fazem filas nesta segunda-feira em todo o país para validar as assinaturas coletadas em favor da convocação de um referendo revogatório que ponha fim ao mandato do presidente Nicolás Maduro, altamente impopular devido à crise econômica do país. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) exige que todos aqueles que firmaram o pedido de referendo voltem às seções eleitorais para que suas assinaturas sejam confirmadas com detecção de impressão digital.

Os adversários do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) afirmam que a exigência é parte de um esforço mais amplo do CNE para atrasar a consulta popular.

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“Isto é necessário porque a situação política do país é insustentável. O que estamos vivendo é horrível”, disse José Gomez, comerciante de 45 anos, em uma fila de centenas de pessoas em uma das seções da capital Caracas.

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A queda recente no preço do petróleo devastou o modelo econômico socialista da nação-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), levando a filas imensas de consumidores, prateleiras de supermercados vazias e uma revolta crescente entre os cerca de 30 milhões de habitantes.

‘Liberdade provisória’ – Na semana passada, o governo venezuelano retirou centenas de detentos da cadeia e os levou até a frente do Ministério Público do país, em Caracas, para se manifestarem contra o pedido de referendo para tirar Maduro do poder.

Vestidos com o uniforme azul-celeste, amarelo e fúcsia, cerca de 300 presos, acompanhados por militares da Guarda Nacional, gritavam “Fraude, fraude!” em frente ao MP.

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(Com Reuters)