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União Europeia deve aprovar retomada de buscas por imigrantes

Decisão deverá ser votada durante uma reunião de chefes de Estado nesta quinta-feira. Pressão sobre o bloco aumentou após tragédias recentes

Por Da Redação
22 abr 2015, 19h22

Os chefes de Estado das nações integrantes da União Europeia (UE) devem decidir nesta quinta-feira pela retomada das buscas por imigrantes no Mar Mediterrâneo. O encontro de emergência será realizado após a pressão pública em decorrência do naufrágio que vitimou aproximadamente 800 pessoas no domingo, segundo dados da ONU. Cerca de 1.800 refugiados morreram nas águas do Mediterrâneo até abril de 2015 – no ano passado, os órgãos internacionais haviam registrado a morte de 100 pessoas no mesmo período.

As tragédias se intensificaram após a Itália cancelar o Mare Nostrum, um programa de buscas que salvou a vida de mais de 100.000 pessoas no ano passado. O governo italiano justificou a decisão dizendo que os demais países da UE não queriam arcar com os custos das operações. Foi aprovado em substituição ao Mare Nostrum o programa Triton, cujo raio de abrangência é bem menor que o anterior e engloba apenas a patrulha das fronteiras do bloco econômico. A aprovação do Triton encontrou respaldo entre nações da UE defensoras do argumento de que salvar a vida dos imigrantes à deriva encorajaria outros a partirem em direção ao continente europeu.

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A retomada das buscas também será uma forma de conter um agravamento da situação nos próximos meses. Organizações internacionais afirmam que a temporada de maior fluxo de imigrantes no Mar Mediterrâneo ainda não teve início. Ao menos 3.200 pessoas morreram durante todo o ano de 2014 em travessias clandestinas na região. Se o panorama atual for mantido, os grupos de defesa dos direitos humanos estipulam que o número de vítimas poderá ultrapassar 30.000 neste ano.

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Com a ampliação da área de operações para regiões próximas à costa do norte da África, as guardas marítimas estarão em águas internacionais e serão obrigadas a resgatar qualquer embarcação que esteja encontrando dificuldades. Fontes diplomáticas disseram que os chefes de Estado estão inclinados a dobrar o montante de dinheiro e os equipamentos disponíveis para as patrulhas do Mediterrâneo. “Nossa maior prioridade nesta quinta-feira é prevenir que mais pessoas morram no oceano”, disse o presidente do conselho europeu, Donald Tusk, ao convidar os mandatários para a reunião.

Homenagens – Um memorial foi organizado nesta quarta-feira em Valetta, capital da ilha de Malta, para honrar a memória das 24 vítimas do desastre de domingo cujos corpos foram resgatados no Mar Mediterrâneo. “Descansem em paz, irmãos e irmãs. A vida de vocês importa”, dizia uma nota presa a um buquê de flores. Apenas 28 imigrantes foram encontrados com vida pelas patrulhas marítimas. Entre eles estavam dois traficantes de pessoas que foram presos pelas autoridades italianas e responderão judicialmente por múltiplos homicídios. Os demais estão recebendo os cuidados médicos necessários na cidade de Catânia, na região italiana da Sicília.

Mapa mostra as últimas tragédias envolovendo imigrantes ilegais no Mar Mediterrâneo
Mapa mostra as últimas tragédias envolovendo imigrantes ilegais no Mar Mediterrâneo (VEJA)
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(Da redação com agência Reuters)

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