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União Europeia discute fim de embargo de armas à Síria

Reunião acontece nesta segunda-feira. Em novo capítulo da guerra civil no país, jornalista de canal de TV estatal é morta por atirador de elite

Por Da Redação
27 Maio 2013, 10h16

Diante da pressão de Grã-Bretanha e França para armar os rebeldes sírios, a União Europeia (UE) discute nesta segunda-feira um possível fim do embargo de armas contra a Síria. O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, defende a retirada do embargo para pressionar o governo de Bashar Assad a negociar uma solução para a guerra civil no país.

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“É importante mostrar que estamos dispostos a alterar nosso embargo de armas, para que o regime de Assad receba um sinal claro de que tem que negociar a sério”, disse o ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, em comentários transmitidos pela emissora de TV BBC.

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Os chanceleres dos 27 países do bloco dedicaram sua reunião à situação da Síria diante do impasse entre Grã-Bretanha e França, que defendem o fim do embargo, contra outros membros do bloco, como a Áustria, que se opõem a isso. A UE tem pouco tempo para decidir essa questão, já que no dia 31 de maio termina todo o regime de sanções em vigor contra a Síria

Jornalista – Em mais um capítulo da escalada da violência na guerra civil síria, a jornalista Yara Abas, correspondente da rede de TV estatal Al Ikhbariya, foi morta nesta segunda-feira por um atirador de elite na periferia da cidade de Al Qusair, onde são registrados choques entre as forças do regime e os rebeldes. Ela foi atingida quando fazia a cobertura da batalha. Pelo menos outro integrante da equipe de reportagem foi ferido. A notícia da morte foi confirmada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ONG ligada aos rebeldes.

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O mais recente balanço divulgado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras informa que, no total, 24 jornalistas profissionais morreram desde o início do conflito sírio, em março de 2011, além de 58 “cidadãos-jornalistas”.

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Armas químicas – Enquanto isso, o jornal francês Le Monde denunciou, também nesta segunda-feira, que o exército sírio utilizou armas químicas contra as forças rebeldes que controlam alguns subúrbios de Damasco, com base em informações de correspondentes que visitaram a região em abril e maio.

Os enviados especiais do jornal foram “testemunhas por vários dias seguidos” da utilização de explosivos químicos e de seus efeitos nos combatentes da frente de Jobar, um bairro na saída de Damasco no qual a rebelião entrou em janeiro, afirma o repórter Jean-Philippe Rémy. Em 13 de abril, o fotógrafo Laurent Van der Stockt viu os combatentes rebeldes “começando a tossir e colocando máscaras de gás”. “Os homens se ajoelham, engasgam, vomitam”, afirma o jornalista.

Em um vídeo filmado por Van der Stock, disponibilizado no site do jornal, combatentes rebeldes e médicos contam os sintomas provocados pelos produtos: dificuldades respiratórias, dores de cabeça, pupilas contraídas ou náuseas. “Se não for tratado imediatamente, significa a morte da pessoa exposta”, afirma ao jornal, sob anonimato, um médico do hospital Al-Fateh de Kafer Batna, no foco rebelde da região de Ghuta, nas proximidades de Damasco.

O governo do ditador Bashar Assad nega a utilização de armas químicas. A subsecretária de estado americana, Wendy Sherman, disse, na quarta-feira passada, que a “comunidade de inteligência está de acordo, com diversos níveis de segurança, que foram usadas armas químicas em pequenas quantidades em pelo menos duas ocasiões na Síria”, mas não detalhou que lado utilizou os produtos. Na semana passada, a ONU pediu mais uma vez a Damasco que autorize seus inspetores a investigar na Síria o uso de armas químicas.

(Com agências EFE, AFP e Reuters)

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