Ministros de Relações Exteriores da União Europeia mostraram pouca disposição neste sábado para aumentar a pressão sobre a Rússia no caso da Ucrânia. A decisão é dar uma chance a um frágil acordo de cessar-fogo antes de decidir pela aplicação de novas sanções ou pela extensão das já existentes. A maioria dos ministros, em uma reunião na capital da Letônia, depositou suas esperanças no sucesso do último acordo firmado em Minsk e disse que a UE deveria considerar apertar as sanções caso o cessar-fogo seja violado por uma ofensiva separatista no porto ucraniano de Mariupol.
O ministro italiano Paolo Gentiloni viu “sinais animadores” no leste da Ucrânia. “No momento não precisamos de mais sanções ou de renovações automáticas das (sanções) vigentes”, disse ele a jornalistas. O ministro austríaco Sebastian Kurz concordou. “Há um vislumbre de esperança desde Minsk.” Os comentários refletem divisões da UE, composta por 28 países, sobre as sanções à Rússia, o maior fornecedor de energia ao bloco. Enquanto Grã-Bretanha, Polônia e os países bálticos adotam uma linha mais dura, muitos outros membros se mostram céticos em relação às sanções. A vitória de Alexis Tsipras na Grécia fortaleceu a postura mais branda.
Uma decisão chave que a UE deve enfrentar em breve é estender ou não as sanções econômicas contra a Rússia que foram adotadas por um ano em julho de 2014. Uma decisão unânime é necessária para aprovar a extensão das atuais sanções.
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(Com agência Reuters)