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UE impõe novas e pesadas sanções à Rússia por crise na Ucrânia

Pela primeira vez as restrições afetarão o setor petroleiro, um dos pilares da economia russa. Se o cessar-fogo prosperar, medidas podem ser revogadas

Por Da Redação
12 set 2014, 08h09

As novas e mais duras sanções econômicas da União Europeia (UE) contra a Rússia por seu envolvimento na crise da Ucrânia entraram em vigor nesta sexta-feira após serem publicadas no Diário Oficial do bloco. As medidas, que pela primeira vez afetarão o setor petroleiro, serão revisadas antes do fim do mês para decidir se é necessário anulá-las ou modificá-las em função da evolução do cessar-fogo e do plano de paz. As novas sanções são mais restritivas do que as adotadas em julho passado nos mercados de capital, defesa, produtos de uso dual e tecnologias sensíveis. Somadas, as restrições que já tinham sido adotadas e as novas sanções, representam um duro golpe para economia russa, fortemente dependente das exportações de commodities como o petróleo.

Em particular, limitarão o financiamento a três empresas petrolíferas estatais: Rosneft, Transneft e Gazprom Neft, e a três companhias do setor de defesa: United Aircraft Corporation, Oboronprom e Uralvagonzavod. Por enquanto, o setor do gás ficou fora das sanções – muitos países da Europa são dependentes do gás russo para abastecer suas usinas de energia e para a calefação durante o inverno.

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Também foram ampliadas as restrições de viagem e o congelamento de bens de outros 24 dirigentes e oligarcas russos, crimeanos e da região industrial ucraniana pró-russa de Donbass (que engloba Donetsk e Lugansk). Com esta nova ampliação da lista de pessoas sancionadas já são 119 os indivíduos que a UE impôs restrições financeiras e diplomáticas. Entre os novos incluídos figuram os líderes separatistas pró-Rússia Alexander Zakharchenko, primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk (RPD), e Gennadiy Tsypkalov, primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Lugansk. Também figuram na lista os nomes dos autoproclamados ministros da Defesa e de Segurança da RPD, Vladimir Kononov e Andrey Yurevich Pinchuk, respectivamente.

A UE decidiu há uma semana ampliar a restrição de acesso ao financiamento nos mercados de capitais dos grandes bancos estatais a consórcios russos de defesa e energia controlados em pelo menos 51% pelo Estado ou cuja receita seja oriunda em pelo menos em 50% da venda de petróleo ou produtos petroleiros. Os dirigentes europeus também encurtaram de 90 para 30 dias o vencimento dos instrumentos financeiros que os russos poderiam comprar e vender para obter financiamento. Houve ainda a proibição dos empréstimos para os bancos controlados pelo Estado russo, e para empresas energéticas e de defesa.

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A publicação e entrada em vigor das sanções estava prevista para a segunda-feira, mas um grupo de Estados-membros (incluídos Finlândia, Suécia, Alemanha, Áustria, Chipre e Eslováquia, segundo fontes comunitárias) pediram mais alguns dias para avaliar a aplicação do cessar-fogo e do plano de paz. O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, detalhou na quinta-feira que as novas medidas entrariam em vigor nesta sexta-feira e que antes de final do mês se levará a cabo um exame exaustivo da aplicação do plano de paz. Se essa revisão indicar que são necessárias, as medidas poderão “ser modificadas, suspensas e até revogadas”, explicou Van Rompuy.

(Com agências Reuters e EFE)

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