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UE aprova medida para etiquetar produtos das colônias israelenses

Em resposta, Israel anunciou a suspensão de uma série de encontros programados com a União Europeia

Por Da Redação
11 nov 2015, 17h59

A Comissão Europeia aprovou nesta quarta-feira uma medida para etiquetar os produtos provenientes das colônias israelenses nos territórios ocupados. A decisão foi chamada de “discriminatória” por Israel, que anunciou a suspensão de uma série de encontros bilaterais programados com a União Europeia.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou severamente a UE. “A decisão é hipócrita, baseada em uma política de dupla moral, já que afeta Israel e não os 200 conflitos restantes ao redor do mundo”, declarou. “A União Europeia deveria envergonhar-se”, acrescentou.

Em uma reunião dos 28 comissários europeus, o Executivo comunitário aprovou a notificação sobre “a identificação de produtos de origem dos territórios ocupados por Israel desde junho de 1967”. Assim, os produtos produzidos em assentamentos israelenses na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Golã e enviados à Europa não poderão apresentar a etiqueta ‘Made in Israel’ – em vez disso, devem informar os consumidores que vieram de territórios ocupados.

Três membros da UE – Bélgica, Grã-Bretanha e Dinamarca – já adotaram a iniciativa de exigir uma etiqueta particular para os produtos das colônias israelenses.

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O Ministério de Relações Exteriores israelense convocou o embaixador da UE em Tel Aviv, Lars Faaborg-Andersen, para expressar o mal-estar causado pela iniciativa e comunicou “a suspensão do diálogo político com a UE em vários fóruns nas próximas semanas”, informou em comunicado o porta-voz da pasta, Emmanuel Nahson.

Em uma entrevista coletiva em Bruxelas, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, defendeu a decisão, que chamou de “técnica e não política”. “A UE não apoia de nenhuma forma um boicote ou sanções contra Israel”, disse.

Com esta decisão, a “Comissão fornece um guia aos Estados membros e operadores econômicos para garantir a aplicação uniforme das regras sobre a indicação dos produtos das colônias israelenses”.

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O “guia”, debatido desde 2012, não é uma nova legislação ou política, apenas “esclarece alguns elementos vinculados à interpretação e a implementação efetiva da legislação” europeia, completou Dombrovskis. Ele disse que a explicação foi solicitada pelos Estados membros e está destinada a informar os consumidores.

A UE não reconhece a soberania de Israel sobre os territórios ocupados desde a Guerra dos Seis Dias de 1967.

Os produtos envolvidos representam “menos de 1%” do total de negócios comerciais entre a UE e Israel, ou seja, 154 milhões de euros em 2014, segundo dados da Comissão.

(Com agências AFP e EFE)

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