Turistas que posaram nus são condenados na Malásia

Eles foram acusados de "causarem" o terremoto que atingiu o país por profanarem um local sagrado. A condenação determina três dias de prisão e o pagamento de uma multa

Por Da Redação
12 jun 2015, 09h27

Turistas que se despiram no topo do Monte Kinabalu são responsabilizados pelo povoado local como culpados pelo terremoto que atingiu a Malásia (Facebook/Reprodução)

Um tribunal da Malásia condenou nesta sexta-feira a três dias de prisão e ao pagamento de uma multa os quatro turistas detidos na quarta-feira por posarem nus no monte Kinabalu, no leste do país. Antes da decisão, os acusados – dois canadenses de 23 e 22 anos, um holandês de 23 anos e uma britânica de 24 – tinham aceitado as acusações de comportamento obsceno em espaço público diante do juiz em Kota Kinabalu, no Estado de Sabah.

O caso atraiu os holofotes da imprensa porque os turistas foram primeiramente acusados de terem “provocado” o terremoto de 6 graus escala Richter que sacudiu o norte do país na semana passada. Autoridades da Malásia afirmaram que as fotos nuas no pico mais alto do país, o Monte Kinabalu, revoltaram os espíritos da montanha e causaram o abalo sísmico.

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A sentença foi considerada simbólica, já que os acusados poderiam receber uma pena de três meses, além de ter de pagarem uma multa. Os quatro turistas compareceram ao tribunal algemados, acompanhados por muitos jornalistas, curiosos e uma forte presença policial. Os quatro faziam parte de um grupo de 27 turistas que realizava a descida após ter alcançado o cume e tiraram fotografias nus junto com outros seis viajantes, que deixaram o país antes de serem detidos. Segundo a acusação, os turistas fizeram um desafio de tirar fotos nus, apesar do frio no cume do monte de mais de 4.000 metros de altitude e dos pedidos dos guias para que não o fizessem.

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O advogado da defesa, Ronnie Chiam, apresentou como atenuantes a ignorância e o arrependimento dos acusados. O incidente ocorreu no dia 30 de maio, seis dias antes do terremoto que causou a morte de dezoito excursionistas e guias no Kinabalu, um popular destino turístico da Malásia.