Tribunal egípcio ratifica condenação à morte de sete acusados de terrorismo
Eles foram acusados de terrorismo por cometerem uma carnificina contra soldados em Rafah, no norte da Península do Sinai, em agosto do ano passado
O Tribunal Penal do Cairo ratificou neste sábado a condenação à morte na forca de sete cidadãos egípcios acusados de terrorismo por cometerem uma carnificina contra soldados em Rafah, no norte da Península do Sinai, em agosto do ano passado. Segundo a agência estatal de notícias Mena, o juiz Mohammed Shirin Fahmi considerou os sete homens culpados no caso conhecido como “o segundo massacre de Rafah” e os sentenciou à pena máxima.
O caso se refere ao assassinato de 25 soldados e policiais da Segurança Central em Rafah, assim como à tentativa de assassinato de outros em Belbis, perto da fronteira egípcia com Israel, em agosto de 2013. O tribunal ratificou assim a condenação de 15 de outubro, após receber a aprovação do mufti Shauqi Alam, máxima autoridade religiosa do país. Os procedimentos do sistema judiciário egípcio estipulam as consultas ao mufti nos casos de pena de morte.
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Os condenados também foram acusados de conspirar junto com o movimento terrorista da Al Qaeda contra o Egito. Outros três sentenciados foram condenados a prisão perpétua e outros 22 foram condenados a 15 anos de prisão. Três dos acusados foram absolvidos.
O ataque aconteceu semanas depois da cassação militar do então presidente islamita, Mohammed Mursi, em 3 de julho de 2013. Entre os condenados estão o jihadista Adel Abdel Aziz, apelidado de “Al Habara”, descrito como “o cérebro do atentado” e que foi capturado em setembro do ano passado na Península do Sinai.
Após o golpe de Estado, os ataques contra as Forças Armadas e a polícia egípcias aumentaram no país, principalmente na Península do Sinai. Os grupos jihadistas Ansar Beit al Maqdis (Seguidores da Casa de Jerusalém) e Agnad Masr (Soldados do Egito) reivindicaram muitos destes atentados.
(Com Agência EFE)