Teste de DNA mostra que ciganos búlgaros são pais da menina Maria
Polícia ainda investiga se menina loira encontrada em acampamento na Grécia foi vendida
A menina Maria, que foi encontrada em um acampamento na Grécia, é mesmo filha do casal de ciganos búlgaros que afirmou ter doado uma recém-nascida há quatro anos. A confirmação foi possível graças a um teste de DNA solicitado pelas autoridades búlgaras, segundo a rede BBC. Agora, com a paternidade confirmada, resta as autoridades gregas e búlgaras determinar se a menina foi vendida. O caso de Maria surgiu na semana passada, quando a polícia grega realizou uma batida em busca de armas em um acampamento cigano na cidade de Farsalo, na região central do país.
Leia também:
Casal grego é preso acusado de comprar bebê por 12 000 reais
Polícia irlandesa devolve duas crianças retiradas de pais ciganos
No local a polícia encontrou Maria, uma menina loira de olhos verdes aparentando ter cerca de quatro anos. A polícia notou que o casal de ciganos que detinha sua custódia não era parecido com ela e pediu documentos que comprovassem a paternidade. Depois que o casal Christos Salis e Eleftheria Dimopoulou não conseguiu apresentar provas convincentes, uma exame de DNA foi solicitado e comprovou que ela não era filha deles. Em seguida, o casal passou a afirmar que a menina havia sido doada por uma cigana búlgara que não tinha condições de criá-la. O casal acabou preso e Maria foi levada por uma ONG que cuida de crianças.
O casal de ciganos búlgaros Sasha Rusevi and Atanas Rusevi só foi localizado na quinta-feira, após a repercussão do caso. Eles afirmaram que Maria foi mesmo doada por Sasha quando ele esteve na Grécia há quatro anos, e que não houve dinheiro envolvido. Mas um vizinho afirmou que o casal recebeu 250 euros (cerca de 750 reais) para entregar a menina.
A polícia investiga se a adoção fez parte de uma tentativa de fraude. A adoção informal ou a venda de Maria permitiu que o casal grego casal Christos Salis e Eleftheria Dimopoulou pudesse receber mais benefícios sociais do governo grego. Segundo a polícia, além de Maria, o casal Christos e Eleftheria, havia registrado de maneira fraudulenta outras dez crianças, o que permitiu que eles recebessem 2 500 euros mensais (cerca de 7 500 reais) em benefícios.
Além de Maria, a polícia grega descobriu outros dois episódios semelhantes nos últimos dias. Um deles envolve um casal de gregos que foi acusado de comprar um bebê de uma cigana. O outro envolve três ciganos que tentaram registrar um bebê com quem não tinham parentesco em um cartório.