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Terrorista da Maratona de Boston tinha “morte no coração”, diz promotor

Dzhokhar Tsarnaev é acusado de colocar bomba na linha de chegada da maratona e matar policial. O atentado matou três pessoas e feriu 264

Por Da Redação
4 mar 2015, 15h53

Dzhokhar Tsarnaev, acusado pelo atentado à bomba na Maratona de Boston, tinha “morte em seu coração”, disseram os promotores do caso, no primeiro dia do julgamento. O ataque, o maior atentado em solo americano desde o 11 de Setembro, matou três pessoas e feriu 264.

Nesta quarta-feira, a promotoria tentou chamar a atenção do júri para a vítima mais jovem da explosão, um menino de 8 anos. O promotor-assistente William Weinreb narrou como o acusado, de 21 anos, e seu irmão mais velho, de 26, escolheram cuidadosamente os locais para colocar as bombas entre a multidão concentrada na linha de chegada da corrida, em 15 de abril de 2013.

“O réu não estava lá para assistir à corrida. Ele tinha uma mochila nas costas e dentro da mochila havia uma bomba caseira. Era o tipo de bomba favorito dos terroristas, porque é feita para despedaçar pessoas e criar um espetáculo sanguinário”, disse Weinreb. “Ele fingia ser um espectador, mas tinha morte em seu coração”, completou.

Tsarnaev pode ser condenado à morte se for considerado culpado de todas as acusações contra ele, que incluem matar um policial a tiros. Seu irmão mais velho, Tamerlan, morreu numa troca de tiros com a polícia três dias após as explosões. Tsarnaev ficou em silêncio nesta quarta-feira.

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A estratégia da defesa é caracterizar Tamerlan como o líder e mentor dos ataques. Judy é uma das melhores especialistas em pena capital nos Estados Unidos. Ela conseguiu livrar da pena de morte o autor do atentado dos Jogos Olímpicos de Atlanta de 1996, Eric Rudolph, e também atuou no célebre caso de Ted Kaczynski, conhecido como ‘Unabomber’, o matemático que enviou entre 1978 e 1995 quinze pacotes-bomba que deixaram três mortos e 23 feridos. Todos se declararam culpados em troca de uma condenação à prisão perpétua.

Júri – O júri é composto por oito homens e dez mulheres. Doze deles decidirão se Tsarnaev é culpado ou não e, em um segundo momento, se deve receber a pena de morte ou prisão perpétua, as únicas opções possíveis em caso de condenação. Os outros seis jurados são substitutos.

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Djokhar Tsarnaev, que obteve a nacionalidade americana em 2012, estudava na Universidade de Massachusetts em Dartmouth, perto de Boston, e era considerado um jovem bem integrado. Ele encontra-se desde sua prisão praticamente isolado em um hospital penitenciário a 70 km de Boston.

A seleção do júri atrasou em mais de um mês o início do julgamento, que estava previsto para começar no dia 26 de janeiro. A maior dificuldade foi encontrar membros do júri dispostos a aplicar a pena de morte, proibida desde 1980 no Estado de Massachusetts, mas que, neste caso, poderia ser aplicada porque o acusado enfrenta acusações federais. Caso Tsarnaev seja enviado ao corredor da morte, deverá ser executado em outro estado, provavelmente em Indiana, após esgotar os recursos. Estima-se que o julgamento dure até junho.

(Da redação)

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