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Teerã acusa sauditas de bombardearem embaixada iraniana no Iêmen

Até o momento, a Arábia Saudita não se pronunciou sobre o incidente. O Irã informa que funcionários de sua embaixada ficaram feridos no ataque

Por Da Redação
7 jan 2016, 08h42

A aviação saudita bombardeou deliberadamente a embaixada do Irã no Iêmen e deixou vários feridos, inclusive pessoas do corpo diplomático, afirmou nesta quinta-feira um porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hossein Jaber Ansari. “Esta ação deliberada da Arábia Saudita é uma violação de todas as convenções internacionais para proteger as sedes diplomática e o governo saudita é responsável pelos danos causados e pela situação dos feridos”, afirmou Jaber Ansari. Até o momento, a Arábia Saudita, que lidera uma coalizão para combater os rebeldes houthis no Iêmen, não comentou o episódio.

Arábia Saudita, Barein, Sudão e Djibuti romperam os laços com o Irã nesta semana, enquanto os Emirados Árabes Unidos rebaixaram o status das relações com a República Islâmica. Kuwait e Catar também chamaram de volta seus embaixadores depois de a embaixada saudita em Teerã ter sido invadida por manifestantes iranianos. As tensões entre o Irã, uma potência muçulmana xiita, e o reino conservador sunita [entenda as diferenças entre xiitas e sunitas no quadro abaixo] da Arábia Saudita se agravaram desde que Riad executou, no último sábado, o clérigo Nimr al-Nimr, um opositor da dinastia saudita no poder que defendia maiores direitos para a minoria xiita marginalizada no país.

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“As políticas do regime saudita vão ter um efeito dominó e eles vão ser enterrados sob uma avalanche que eles criaram”, disse o número dois na linha de comando da Guarda Revolucionária iraniana, o general Hossein Salami, segundo a agência de notícias Fars. “Se os sauditas não corrigirem sua trajetória, o regime deles vai entrar em colapso nos próximos anos”. Salami comparou as políticas sauditas às de Saddam Hussein, presidente iraquiano deposto por forças dos EUA em 2003.

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Saddam, um sunita, foi enforcado em 2006, após ter sido condenado por crimes contra a humanidade depois de ter matado 148 cidadãos xiitas em seguida a uma tentativa de assassinato contra ele, em 1982. O Irã tem acusado a Arábia Saudita de se valer do ataque contra a embaixada como desculpa para romper os laços e agravar as tensões sectárias. A Guarda Revolucionária prometeu uma “vingança severa” contra a dinastia real saudita pela morte de Nimr, afirmando que isso iria “custar caro à Arábia Saudita”.

(Da redação)

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