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Sunitas apresentam condições para apoiar novo governo

Lideranças querem mais autonomia e espaço no governo central, dominado por xiitas. ONU impõe sanções a seis pessoas ligadas ao Estado Islâmico

Por Da Redação
15 ago 2014, 20h10

Lideranças sunitas no Iraque afirmaram nesta sexta-feira que podem trabalhar com o novo governo do primeiro-ministro Haider al Abadi, sinalizando para a possibilidade de uma redução das tensões políticas no país. A oferta de apoio, no entanto, não é incondicional. Em um comunicado conjunto, o grupo exige que as administrações civil e de segurança em suas regiões tenham o mesmo status do governo central e que a população local possa governar as províncias.

Eles pedem também o fim dos bombardeios a províncias sunitas e a saída de milícias de cidades sunitas. Querem ainda a liberação de políticos presos, segundo informação da rede britânica BBC. Em declarações dadas separadamente, um dos mais poderosos chefes tribais sunitas, Ali Hatem Suleiman, afirmou que está pronto para trabalhar com o novo primeiro-ministro, desde que ele proteja os direitos da minoria. A decisão de combater as forças terroristas do EI junto com o Exército xiita teria de ser discutida posteriormente.

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Abadi, que faz parte da coligação xiita governante, foi nomeado como substituto de Nouri al Maliki, que tentou resistir no poder, mas viu-se isolado depois do fracasso em formar um governo de unidade. Reeleito em 2010, Maliki até ensaiou um governo de coalizão, convocando ministros curdos e sunitas para o seu gabinete. Mas não demorou para a farsa cair. Em 2012, ele afastou os políticos sunitas. No início deste ano, entrou em atrito também com os curdos. Hoje o país está prestes a se desintegrar diante do avanço do Estado Islâmico, grupo extremista sunita que declarou guerra contra os muçulmanos xiita, que governam o Iraque e são maioria na população. Qualquer solução política que reforce o combate aos terroristas deve, sem dúvida, incluir as tribos sunitas, que precisam recuperar a confiança no governo central. (Continue lendo o texto)

Embargo – Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU aprovou sanções contra o EI de forma unânime. A resolução impõe um embargo de armas, congelamento de bens e restrições a viagens contra seis pessoas que mantêm relações com o EI ou com a Frente Nusra, uma célula da Al Qaeda em atividade na Síria. A ONU também ameaçou impor sanções contra qualquer pessoa que financiar, recrutar ou fornecer armas para os terroristas. Acredita-se que a ofensiva dos jihadistas no Iraque tenha deixado 1,2 milhão de pessoas desabrigadas, uma vez que os radicais consideram infiéis todos aqueles que não seguem a religião muçulmana.

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Em Bruxelas, ministros de Relações Exteriores dos países da União Europeia divulgaram um comunicado condenando “nos mais fortes termos os ataques perpetrados pelo EI e outros grupos armados associados”. A Grã-Bretanha afirmou que consideraria de forma favorável qualquer pedido de envio de armas aos curdos, enquanto o governo checo disse estar pronto para iniciar o envio de munições no final deste mês.

A Alemanha tem restrições legais ao envio de armas a países envolvidos no conflito, mas o chanceler Frank-Walter Steinmeier disse que iria até o limite do que é “legal e politicamente possível” para ajudar os curdos a combater os terroristas.

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