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Strauss-Kahn começa a ser julgado por agenciar prostitutas

Caso está sendo analisado por um tribunal de Lille, na França. Em 2001, o então chefe do FMI foi acusado de abusar sexualmente de uma camareira

Por Da Redação
2 fev 2015, 16h49

O ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn começou a ser julgado nesta segunda-feira em Lille, na França, por acusações de exploração da prostituição. Segundo a promotoria, ele sabia que estava lidando com prostitutas quando participava de orgias em Paris, Lille e Washington, entre 2008 e 2011.

A defesa nega as acusações, alegando que ele não tinha conhecimento de que as mulheres que participavam das orgias eram prostitutas e que não teve nenhum papel na organização dos encontros. Segundo seus advogados, DSK, como é conhecido, é vítima de puritanismo e de uma ‘caça às bruxas’ com motivações políticas. Argumentam ainda que sexo consensual entre múltiplos parceiros a portas fechadas é uma questão privada.

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O caso ficou conhecido como ‘Carlton Affair’ devido ao nome de um hotel de Lille que estava no centro do esquema de prostituição. Na França, não é ilegal pagar por sexo, mas é contra a lei solicitar ou dirigir um negócio de prostituição. O julgamento deve durar pelo menos três semanas e Strauss- Kahn não deve testemunhar até o próximo dia 10.

Carreira destruída – Como chefe do FMI entre 2007 e 2011, Strauss-Kahn era também considerado o principal candidato do Partido Socialista para a eleição presidencial francesa de 2012. No entanto, sua carreira política interrompida pelas acusações de abuso sexual feitas em 2011 pela camareira Nafissatou Diallo, que trabalhava em um hotel de Nova York.

O escândalo levou DSK a abandonar suas ambições políticas e a deixar seu cargo no FMI, embora os promotores de Nova York tenham abandonado o caso três meses mais tarde, ao concluírem que a mulher mentiu sobre fatos de sua via e alterou o relato sobre o que fez logo após o suposto ataque. Strauss-Kahn disse que o encontro sexual foi consensual, mas afirmou que foi uma “falha moral”.

Posteriormente, ele entrou em acordo com a camareira em um processo civil separado. No julgamento que teve início nesta segunda, no entanto, ele pode pegar até 10 anos de prisão e ter de pagar multa de até 1,5 milhão de euros se for condenado.

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Nos últimos anos, Strauss-Kahn tem feito várias tentativas de voltar à vida pública francesa, aparecendo no Festival de Cinema de Cannes e dando uma longa entrevista sobre a crise do euro para um programa de televisão francês. O julgamento será um teste para as tentativas de DSK de deixar para trás os escândalos sexuais.

As acusações também lhe custaram um casamento de mais de vinte anos com a jornalista Anne Sinclair. Desde o escândalo, Strauss-Kahn tenta recuperar sua imagem e tem trabalhado como consultor, palestrante e conselheiro para governos estrangeiros e grandes companhias privadas em lugares como Rússia, África e América Latina.

(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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