Soldados israelenses matam manifestante palestino na Cisjordânia
Morte ocorre um dia após o assassinato de dois israelenses
Soldados israelenses mataram nesta terça-feira um manifestante palestino durante confronto em Hebron, na Cisjordânia. Cerca de 150 palestinos se aglomeraram para atirar pedras e coquetéis molotov nos militares, de acordo com o Exército israelense. A morte ocorreu um dia após o assassinato de dois israelenses, um militar e uma mulher, que foram atacados com facadas por palestinos.
Em uma tentativa de dispersar a multidão, os militares dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha, sem conseguir conter os manifestantes. Em seguida, abriram fogo.
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Funcionários de um hospital palestino que não se identificaram disseram que um palestino morreu. Ele foi identificado como Muhamad Imad Jawabre, de 21 anos, segundo o porta-voz do comitê popular do campo de refugiados, Ali Jawabre. Fontes do hospital Al Mizan, para onde o jovem foi levado, afirmaram que Jawabre levou um tiro no peito e chegou ao local em estado grave.
O Exército de Israel diz que enviou reforços à Cisjordânia seguindo o que chamou de “novas avaliações de segurança”. Os confrontos continuavam no início da tarde em Hebron, onde há uma forte presença do exército israelense, que tem como uma de suas missões proteger as centenas de colonos judeus que residem na área.
Também em Hebron, foi detido de madrugada Yamil al Ishlomun, irmão de Maher al Ishlomun, o autor do ataque com faca cometido ontem próximo a uma colônia judaica na Cisjordânia contra uma mulher israelense, que acabou morrendo.
No campo de Al Askar, vizinho de Nablus, foram detidos o pai e o irmão de um palestino atacou na segunda-feira um soldado israelense em Tel Aviv. O militar morreu após ser levado para o hospital.
Os confrontos ocorrem no dia em que os palestinos lembram o décimo aniversário da morte de Yasser Arafat, antigo dirigente da Autoridade Palestina.