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Síria: principal grupo armado de oposição perde membros para organização terrorista

O aumento do número de desertores acentua a discussão sobre o financiamento e envio de armas aos rebeldes pelas nações ocidentais

Por Da Redação
8 Maio 2013, 20h57

O Exército Livre da Síria (ELS), principal grupo armado de oposição ao regime do ditador Bashar Assad, está perdendo combatentes para a organização terrorista Frente Al-Nusra. Segundo o jornal britânico Guardian, a frente, que já jurou lealdade a Al Qaeda e é financiada por ela, está se tornando a força melhor equipada contra o governo, o que atrai os rebeldes. O ELS tem sofrido com a falta de armas e munições para dar continuidade aos combates.

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“Os combatentes se sentem orgulhosos de se unir a Frente Al-Nusra porque isso significa poder e influência. Os membros da frente raramente batem em retirada por falta de combatentes e munição. Eles deixam seu alvo apenas depois de liberá-lo”, disse Abu Ahmed, comandante de uma brigada da ELS no interior do país, próximo à província de Aleppo. Ahmed disse que existem unidades que já perderam todos os seus membros. A Frente Al-Nusra também investe em combatentes disfarçados dentro do ELS para identificar possíveis recrutas.

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Segundo dirigentes entrevistados pela publicação britânica, o ELS sobre com a falta de recursos e a intermitência do apoio exterior. “Nosso principal problema é que o que conseguimos do exterior é como uma torneira. Às vezes está aberta, o que significa que armas estão vindo e nós estamos avançando, então, de repente, a torneira seca, e nós paramos de lutar ou mesmo deixamos nossas posições”, disse o combatente Adham al-Bazi.

O ex-comandante da brigade Mujahideen, Abu Zeid, disse que, desde que se juntou a Al-Nusra com outros 420 homens, nunca lhe faltou nada durante a luta contra as forças do regime e para sustentar sua família. “No entanto, a frente é governada por regras muito estritas emitidas pelo comando de operações e combatentes estrangeiros. Não existe nenhum tipo de liberdade, mas você consegue tudo o que você quiser”, disse.

Armas aos rebeldes – As evidências do aumento de desertores acentua a discussão sobre o armamento dos rebeldes por potências internacionais como Estados Unidos e nações da União Europeia. Até o momento, os países têm se mostrado relutante em enviar armas letais aos grupos de oposição, porque temem que eles caiam nas mãos de terroristas que as usem para suas próprias causas.

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Ainda nesta semana, Estados Unidos e Rússia anunciaram em conjunto um acordo para criar uma conferência internacional com o objetivo de solucionar o conflito na Síria. Após o anúncio, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse acreditar que, caso as negociações apresentem bons resultados, é possível que o envio de “armas os rebeldes não se torne necessário”.

Chefe da Al-Nusra – Nesta quarta-feira, o chefe do grupo jihadista Frente Al-Nusra, Abu Mohamed al-Julani ficou ferido após um bombardeiro perto de Damasco, realizado pelo exército leal ao ditador Bashar Assad. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), outros membros da organização terrorista também saíram machucados. Não foi informada a gravidade dos ferimentos.

(Com agência AFP)

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