Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Seul limita acesso a complexo industrial compartilhado com Pyongyang

A medida prejudica e desacelera as operações no parque industrial compartilhado entre as duas Coreias, importante fonte de receitas para a combalida economia do Norte

Por Da Redação
7 jan 2016, 06h42

A Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira que limitará o acesso de seus cidadãos ao polígono industrial intercoreano de Kaesong em resposta ao teste nuclear realizado ontem pela Coreia do Norte. O Ministério da Unificação em Seul explicou que, “por enquanto”, só permitirá que os empresários sul-coreanos envolvidos diretamente no funcionamento das fábricas do complexo industrial poderão entrar no local e não precisou durante quanto tempo esta medida ficará em vigor. Um porta-voz do Ministério sul-coreano explicou que uma vez que a ordem for ativada, apenas cerca de 100 sul-coreanos poderão entrar diariamente ou pernoitar em Kaesong, menos de 10% dos cerca de 1.200 que têm permissão para trabalhar nas instalações que ficam em solo norte-coreano.

A medida impedirá a entrada de técnicos de maquinaria, pessoal de manutenção e outros operários especializados, algo que prejudica e desacelera as operações no parque industrial. A Coreia do Sul já tomou medidas como essa em outras ocasiões, e as implementou por aproximadamente um mês, quando seu vizinho realizou testes nucleares e de mísseis. O complexo de Kaesong, próximo da fronteira entre os dois países, foi aberto em 2004 como um símbolo dos avanços para a reconciliação das duas Coreias, que seguem tecnicamente em guerra, já que o conflito da década de 1950 foi encerrado com um cessar-fogo, e não com um tratado de paz.

Leia também

Conselho de Segurança da ONU pode ampliar sanções contra Coreia do Norte

Especialistas estão céticos após anúncio sobre teste com bomba H norte-coreana

Até países aliados condenam teste com bomba de hidrogênio da Coreia do Norte

Continua após a publicidade

Kaesong, que conta com 124 empresas sul-coreanas e 54.000 trabalhadores norte-coreanos, é uma importante fonte de receitas para a economia combalida da Coreia do Norte e, ao mesmo tempo, fornece mão de obra barata para os empresários do Sul. A Coreia do Norte realizou ontem seu quarto teste nuclear e garantiu que detonou pela primeira vez uma bomba H, um artefato mais potente que os dispositivos utilizados em seus três testes anteriores.

A ação foi condenada por muitos governos ao redor do planeta e motivou uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para discutir novas sanções para o país asiático. Ainda não foi confirmado se a Coreia do Norte conseguiu desenvolver e detonar com sucesso uma bomba de hidrogênio, mas muitos especialistas duvidam que o regime comunista tenha conseguido dominar a tecnologia de fusão termonuclear. “A análise inicial não é consistente com as afirmações da Coreia do Norte do sucesso da bomba de hidrogênio”, declarou em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Leia mais

Coreia do Norte lucra com exportação de seus próprios cidadãos como escravos

Coreia do Norte está enfraquecendo e isso é perigoso

Continua após a publicidade

Saiba qual a diferença entre a bomba de hidrogênio e a bomba atômica

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.