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Sete são acusados de abusar de mulheres em posse de presidente

Crimes teriam sido cometidos na Praça Tahir, no Cairo, durante as comemorações pela posse do marechal Abdel Fattah Sisi neste domingo

Por Da Redação
9 jun 2014, 16h52

A polícia egípcia prendeu sete homens acusados de abusar sexualmente de mulheres durante as comemorações pela posse do presidente Abdel Fattah Sisi. O Ministério do Interior informou que os homens têm idades entre 15 e 49 anos. Uma ONG afirmou ter atendido ao menos cinco vítimas de ataques sexuais durante as celebrações na Praça Tahir, no Cairo. Quatro vítimas tiveram de ser levadas a hospitais, incluindo uma mulher grávida e uma mãe com a filha adolescente, informou a rede britânica BBC.

Os abusos ocorrem depois da aprovação, na última semana, de uma lei inédita considerando crime casos de assédio sexual. Segundo a nova legislação, os condenados podem pegar até cinco anos de prisão e pagar uma multa de até 50.000 pesos egípcios (15.608 reais). A sentença é mais dura se um assediador detiver uma posição de poder sobre a vítima.

O decreto altera as leis atuais do país, que não criminalizam o assédio sexual e só vagamente se referem a tais infrações como “agressão indecente”. Ativistas que defendem os direitos das mulheres comemoraram a nova lei, mas se mantiveram céticos com relação ao seu cumprimento pela polícia.

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Também colaborou para a discussão sobre abusos contra as mulheres a divulgação de um vídeo no qual uma mulher aparece cercada por diversos homens. Um policial é visto tentando resgatar a vítima enquanto fogos de artifício estouram ao fundo. Em um determinado momento, o oficial chega a sacar a arma contra a multidão. Ao fim da filmagem, a mulher parece estar completamente nua, mas consegue chegar até uma ambulância estacionada nos arredores da cena do crime. Não se sabe se o vídeo foi realmente gravado durante a cerimônia de posse de Sisi, como alega o usuário que publicou as imagens na internet.

O comentário de uma apresentadora de um canal privado de TV do Egito aumentou a indignação contra os crimes sexuais. A apresentadora disse que os ataques ocorreram durante as festividades porque “as pessoas estavam felizes”. Ela depois pediu desculpas, alegando ter pensado que se tratavam apenas de rumores espalhados pelo país.

(Com Estadão Conteúdo)

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