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BP: “Sequência de falhas” causou vazamento de petróleo

Petroleira divulgou relatório sobre o maior desastre ambiental dos EUA

Por Da Redação
8 set 2010, 08h42

“Decisões tomadas por várias empresas e equipes de trabalho contribuíram para o acidente que surgiu de um conjunto complexo e interligado de falhas mecânicas, julgamentos humanos, engenharia de projeto, execução operacional e interfaces de equipes”

A pior tragédia ambiental dos Estados Unidos não foi causada por um único fato isolado. “Na verdade, uma sequência de falhas envolvendo diferentes partes levaram à explosão da plataforma que matou 11 pessoas e causou a contaminação generalizada no Golfo do México este ano”, diz o relatório da BP sobre o acidente, que resultou no vazamento de milhões de litros de petróleo na costa americana e já custou mais de 8 bilhões de dólares à petroleira.

“Decisões tomadas por várias empresas e equipes de trabalho contribuíram para o acidente que surgiu de um conjunto complexo e interligado de falhas mecânicas, julgamentos humanos, engenharia de projeto, execução operacional e interfaces de equipes”, relata o documento com mais de 190 páginas e feito com base em uma investigação que durou quatro meses, sob a coordenação de Mark Bly, chefe de Segurança e Operações da BP, com apoio de uma equipe de mais de 50 especialistas técnicos – alguns da BP e outros independentes.

Como já era previsto, a empresa dividiu a culpa pelo desastre com outras duas companhias. A suíça Transocean, responsável pela modulação de alguns equipamentos, teria falhado na avaliação de alguns testes de pressão, enquanto a americana Halliburton, contratada para auxiliar no processo de fechamento do duto por onde o óleo escapava, teria feito um trabalho ruim ao tentar vedar com cimento o vazamento. Mas o documento ainda enumera outras falhas de ambas as empresas.

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“Apesar de pouco provável, parece que o projeto do poço também contribuiu para o incidente”, assume Tony Hayward, chefe executivo da BP. De acordo com advogados, o relatório deve ter peso crucial no julgamento da BP. Por isso, os redatores do documento tentaram obter um equilíbrio entre assumir a responsabilidade plena pelo acidente e isentar-se completamente da culpa.

Desculpas – A BP voltou a pedir desculpa pelo acidente e disse que trabalha, agora, para que o acidente não volte a se repetir. “Lamentamos profundamente e estamos determinados a aprender as lições para o futuro. Para isso, realizaremos uma revisão em larga escala para melhorar a segurança de nossas operações. Vamos investir o que for preciso para conseguir isso. Caberá a todos na BP implementar as mudanças necessárias para garantir que uma tragédia como esta nunca aconteça novamente”, destacou o executivo Bob Dudley.

“Temos dito desde o início que a explosão era uma responsabilidade partilhada entre várias empresas. Este relatório enfatiza essa conclusão, apresentando uma análise detalhada de fatos e sugestões de melhorias tanto à BP quanto às outras partes envolvidas. Nós aceitamos todas as recomendações e vamos analisar a melhor forma de implementá-las”, completou, referindo-se às 25 orientações propostas no relatório para evitar um novo desastre, como garantir o controle do poço, dos sistemas de emergência e dos equipamentos de auditoria e verificação.

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