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Separatistas pró-Rússia falam em mobilizar 100.000 homens

Mais uma tentativa de conseguir uma trégua nos confrontos fracassou no fim de semana

Por Da Redação
2 fev 2015, 21h41

As derrotas impostas ao Exército ucraniano nas últimas semanas inflaram os ânimos dos separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia a ponto de o chefe rebelde Alexander Zakharchenko afirmar, nesta segunda-feira, que planeja mobilizar 100.000 homens. A declaração surge depois do fracasso das negociações de paz em Minsk, no sábado, e da ineficácia de uma frágil trégua acordada no início de setembro, também na capital da Bielo-Rússia. Os separatistas agora dizem que só voltam à mesa de negociações se o governo declarar um cessar-fogo unilateral.

“A mobilização geral acontecerá na República Popular de Donetsk em dez dias. Prevemos mobilizar até 100.000 homens”, declarou Zakharchenko, usando o nome da autoproclamada república no território ucraniano. Em outra declaração, ele afirmou que a força separatista de Donetsk e Lugansk – outro território sob domínio rebelde – terá 100.000 homens. “A mobilização é o primeiro estágio. Haverá voluntários primeiro e vamos ver o que faremos na sequência”, disse, em declaração reproduzida pela agência Interfax.

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Zakharchenko, que foi eleito em novembro em uma votação obviamente não reconhecida por Kiev ou pelo Ocidente, não disse quantos separatistas lutam atualmente contra o Exército ucraniano. Os rebeldes querem expulsar os militares da região e também capturar a cidade de Debaltseve, para reforçar seu domínio no leste do país.

Para o porta-voz do Exército ucraniano, Andriy Lyssenko, as declarações mostram que os rebeldes “não têm recursos humanos e não chegaram a atingir seus objetivos, a saber, a tomada da cidade estratégica de Debaltseve”, entroncamento ferroviário que liga as capitais de Donetsk e Lugansk e palco de intensos combates nas últimas semanas.

Rússia – Para o especialista militar Sergui Zgurets, o anúncio separatista pode antecipar o envio de reforços importantes de Moscou. “As repúblicas separatistas não têm os meios para mobilizar tantos homens, se não é com mercenários russos”, destacou.

Segundo outro analista ucraniano, Olexandre Sushko, à Rússia “não interessa negociar um cessar-fogo antes de infligir uma importante derrota militar à Ucrânia”. O Kremlin participa das negociações de paz em Minsk, assim como a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

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Nos últimos nove meses, os conflitos no leste do país já deixaram mais de 5.000 mortos. Só no último fim de semana, foram cinquenta vítimas, entre soldados e civis.

Armas – Neste domingo, o jornal The New York Times publicou uma reportagem afirmando que a preocupação crescente com o avanço rebelde levou o comando militar da Otan e membros do governo americano a considerarem o envio de armas letais às forças ucranianas.

O presidente Barack Obama ainda não tomou uma decisão oficial sobre o envio de “uma ajuda letal”, mas sua administração tem evocado o assunto em razão do aumento dos combates entre a forças de Kiev e os separatistas apoiados pela Rússia, de acordo com o jornal.

Na quinta-feira, o chefe da diplomacia americana, John Kerry, realizará uma visita à Ucrânia para expressar “firme apoio” às autoridades pró-ocidentais de Kiev.

(Com agências France-Presse e Reuters e Estadão Conteúdo)

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