Senado dos EUA irá votar restrições a armas em resposta ao massacre de Orlando
Quatro propostas serão votadas nesta segunda-feira, mas é improvável que qualquer uma delas seja aprovada
O Senado dos Estados Unidos irá realizar seu maior esforço em anos para aumentar o controle sobre as armas no país nesta segunda-feira, quando vota quatro propostas sobre o tema, uma semana após o massacre na boate gay Pulse, em Orlando. A tragédia renovou as discussões no país sobre impedir o acesso de pessoas suspeitas de terrorismo a armas de fogo.
Apesar do pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos ter desencadeado uma ação rápida no Congresso, não se espera que nenhum dos projetos de lei obtenha os 60 votos necessários entre os cem representantes para ser aprovado. Republicanos e democratas não parecem ter chegado a um consenso sobre a abrangência das novas restrições, que visam reforçar a verificação de antecedentes criminais para compra de armas.
Inciativas semelhantes já fracassaram no Senado depois do assassinato em massa na escola primária Sandy Hook, em 2012 e do ataque em um centro de conferências de San Bernardino, na Califórnia, em 2015. Desta vez, porém, alguns senadores insistem em dizer que a política em relação ao controle sobre as armas está mudando. Após uma sequência de crimes do tipo nos últimos anos, a segurança nacional vem ganhando força nos debates.
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“Admito que o projeto de lei sobre verificações de antecedentes terá dificuldade de obter os 60 votos, mas ainda temos esperança de fazer com que alguns republicanos a apoiem, impedindo terroristas de conseguir armas”, disse o senador Chris Murphy, um democrata de Connecticut, à rede ABC no último domingo. Uma pesquisa realizada pela agência de notícias Reuters na semana passada revelou que 71 por cento dos norte-americanos são a favor de regulamentações e restrições no mínimo moderadas para a venda de armas. Essa cifra era de 60 por cento no final de 2013 e no final de 2014.
(Com agência Reuters)