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Rússia: excluir Irã de conferência sobre Síria é ‘um erro’

Já diplomatas ocidentais consideraram o convite da ONU um 'desastre'

Por Da Redação
21 jan 2014, 06h48

A Rússia considera um erro a decisão da ONU de retirar o convite para o Irã participar da conferência de paz sobre a Síria, que começa na quarta-feira na Suíça, declarou nesta terça-feira o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov. “Está claro que é um erro”, afirmou Lavrov. “Sempre dissemos que todos os atores externos tinham de estar representados”, acrescentou. Nesta-segunda-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, retirou um convite de última hora para o Irã participar das conversações, depois que a oposição síria ameaçou boicotar a conferência se o principal aliado do presidente Bashar Assad participasse do evento.

As expectativas para conferência são baixas e diplomatas ocidentais, que pediram anonimato à imprensa, classificaram o convite de Ban ao Irã como uma “confusão” e um “desastre”. No entanto, eles disseram que as negociações poderão dar o pontapé inicial para diminuir o conflito que já matou pelo menos 130.000 pessoas e levou um quarto dos sírios a abandonar suas casas.

Encerrando quase 24 horas de confusão que consternou diplomatas que passaram meses convencendo os opositores de Assad a negociar, o porta-voz de Ban disse que o Irã não era mais bem-vindo no primeiro dia de reuniões em Montreux, na Suíça, nesta quarta-feira. A oposição retirou imediatamente sua ameaça de ficar de fora da conferência, conhecida como “Genebra 2”. Mas o alvoroço sobre o Irã, que tem ajudado Assad com dinheiro, armas e soldados, destacou as dificuldades de negociar o fim de uma guerra civil sangrenta de quase três anos que dividiu o Oriente Médio e as potências mundiais.

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fez o convite ao Irã

Enquanto os rebeldes e seus aliados ocidentais e árabes consideram que o acordo de 2012, que impõe a renúncia de Assad, o líder sírio tem apoio do Irã para rejeitar essa visão. A Rússia, embora tenha participado do acordo de 2012 e seja copatrocinadora das primeiras negociações de paz diretas desta semana, diz que pessoas de fora não devem forçar a saída de Assad. Moscou afirmou que o Irã deve participar das conversas.

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“Estamos esperançosos de que, na esteira do anúncio de hoje [segunda-feira], todas as partes possam agora voltar a se concentrar na tarefa que têm nas mãos, que poderá trazer um fim para o sofrimento do povo sírio e iniciar um processo rumo a uma transição política longamente atrasada”, disse a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, em comunicado. Representantes da diplomacida dos Estados Unidos aprovaram o recuo no convite, dizendo que esperam que o foco agora volte às negociações.

Reeleição – Para aumentar o clima sombrio sobre as perspectivas para um acordo, Assad disse que tentará a reeleição neste ano, rejeitando, na prática, qualquer diálogo para negociar sua saída do poder. “Não vejo nenhum motivo para que eu não possa disputar”, disse Assad em entrevista nesta segunda-feira. “Se há um desejo do público e da opinião pública em favor de minha candidatura, não vou hesitar nenhum segundo a disputar a eleição”, completou.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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