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Rússia e Ucrânia confirmam missão humanitária em área de conflito

Ocidente havia alertado para incursão militar de Moscou travestida de uma operação de ajuda a civis em zonas conturbadas no leste ucraniano

Por Da Redação
11 ago 2014, 17h05

Os governos de Ucrânia e Rússia comunicaram nesta segunda-feira que foi firmado um acordo para que Moscou coordene uma missão humanitária no leste ucraniano, informou a rede britânica BBC. Em um pronunciamento feito na televisão russa, o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, declarou que a operação será realizada em conjunto com a Cruz Vermelha e contará com o respaldo do presidente ucraniano Petro Poroshenko. O gabinete de Poroshenko também emitiu uma nota confirmando a missão no leste do país. Kiev afirmou que Alemanha e União Europeia apoiaram a operação. De acordo com o porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, Dmitry Peskov, o Exército não estará envolvido nos comboios que Moscou enviará até as zonas de conflito na Ucrânia, reportou a agência France-Presse.

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O assessor de imprensa do gabinete de Poroshenko, Svyatoslav Tsegolko, acrescentou que o presidente americano Barack Obama concordou em contribuir ativamente com a missão. O Kremlin não estipulou uma data para os comboios deixarem a Ucrânia, ao passo que a Cruz Vermelha ainda não se pronunciou sobre o acordo. A chancelaria russa havia informado na semana passada que a própria direção da organização procurou Moscou para organizar uma operação no leste ucraniano. O objetivo é fornecer ajuda humanitária aos civis que se encontram na cidade de Lugansk, área de intenso conflito entre as forças de segurança do país e separatistas pró-Rússia.

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Antes do pacto ser oficializado, a Otan alertou para a “alta probabilidade” de a Rússia invadir o leste da Ucrânia sob o disfarce de uma missão humanitária. “Vemos os russos desenvolvendo a narrativa e o pretexto para tal operação sob o disfarce de operação humanitária, e vemos uma escalada militar que poderia ser usada para conduzir operações militares ilegais na Ucrânia”, disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen. Segundo o governo ucraniano, a Rússia havia deslocado 45.000 soldados para a região de fronteira – para a Otan, são 20.000 militares. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, advertiu Vladimir Putin para “qualquer ação militar unilateral na Ucrânia, sob qualquer pretexto, incluindo o humanitário”. Barroso e Putin conversaram por telefone nesta segunda-feira.

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O presidente Poroshenko havia salientado que somente apoiaria uma missão humanitária no leste do seu país se ela tivesse o respaldo da comunidade internacional. A União Europeia estaria disposta a destinar 2,5 milhões de euros (7,6 milhões de reais) para uma missão desse tipo. Na última semana, o governo russo foi advertido por Kiev e por países ocidentais sobre os riscos de uma invasão. Pelo menos 1.500 pessoas morreram desde que o governo ucraniano iniciou uma operação para retomar territórios controlados por separatistas pró-Moscou nas regiões de Donetsk e Lugansk, em meados de abril. Os confrontos deixaram centenas de milhares de desabrigados e muitas pessoas fugiram para a Rússia.

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