Revista do Estado Islâmico traz anúncios de venda de reféns
O refém norueguês Ole Johan Grimsgaard Ofstad, de 48 anos, e o chinês Fan Jinghui, de 50 anos, estampam os anúncios. 'Oferta é por tempo limitado', informa o texto
Em mais uma estratégia de propagação do terror, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) publicou na revista Dabiq, mantida pelos próprios jihadistas, anúncios publicitários para venda de reféns. Nos anúncios, o grupo sunita que controla regiões da Síria e do Iraque “vende” o refém norueguês Ole Johan Grimsgaard Ofstad, de 48 anos, e o chinês Fan Jinghui, de 50 anos, destacando que esta é “uma oferta por tempo limitado”.
No texto, o EI também afirma que, caso ninguém se interesse pela aquisição, os reféns serão executados. Abaixo das fotos de cada um dos reféns, está a legenda: “Foi abandonado pelo seu governo, que não deu o melhor para comprar sua liberdade. Quem quiser pagar o resgate para sua libertação, pode entrar em contato por telefone”. O número disposto no anúncio, porém, foi considerado falso por um site especializado em registros de chamadas.
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As fotografias retratam os reféns de vários ângulos e possuem um perfil com informações pessoais. De acordo com o anúncio, Ofstad nasceu em Porsgrunn e tem graduação em Ciências Políticas. Já Jinghui, de Pequim, é um consultor freelancer. Em um comunicado, a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, confirmou que há um cidadão do país sequestrado na Síria. “Nossos objetivos estão centrados em trazer nosso compatriota de volta”, disse.
A “oferta” foi publicada em páginas que antecedem uma reportagem sobre o papa Francisco, na qual o líder da Igreja Católica é classificado como “o Papa das Cruzadas”, em referência aos militares de inspiração cristã que partiram da Europa para conquistar a Terra Santa entre os séculos XI e XIII. A revista Dabiq é produzida e editada pelo EI em inglês. Ela é considerada um dos instrumentos de comunicação usados pelo grupo para difundir mensagens de terror. Os jihadistas também costumam adotar métodos de execução, como decapitação, nas áreas que dominam na Síria e no Iraque.
(Com Ansa)