Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Terrorista que atacou hotel treinou com atiradores de museu da Tunísia

Descoberta das autoridades comprova que a forte presença do Estado Islâmico na Líbia se tornou uma ameaça para o governo tunisiano

Por Da Redação
30 jun 2015, 20h07

O terrorista Seifeddine Rezgui, que matou 38 pessoas no atentado contra um resort na cidade de Sousse, na Tunísia, foi treinado em uma base extremista, localizada no leste da Líbia, na mesma época em que os dois radicais responsáveis pelo ataque ao Museu Nacional do Bardo, ocorrido em março, na capital Túnis. A descoberta comprova que a forte presença do grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia se tornou uma ameaça direta para a vizinha Tunísia, o único país onde a democracia avançou após as revoltas da Primavera Árabe. Rafik Chelli, secretário de estado do Ministério do Interior, disse que o terrorista Rezgui “atravessou a fronteira em sigilo”.

Logo após o atentado, ocorrido na última sexta-feira, o governo tunisiano foi criticado pela falta de segurança, principalmente após ficar claro que turistas são o principal alvo dos ataques. Há pessoas de nacionalidade britânica, alemã, belga, portuguesa e russa entre os mortos em Sousse. No Museu Nacional do Bardo, dois atiradores abriram fogo contra os visitantes e dispararam até ficar sem munição. Entre as 21 vítimas fatais, vinte eram estrangeiros. Assim como no ataque ao resort, o EI reivindicou a autoria do atentado no museu de Túnis.

Leia também:

Polícia detém suspeitos de ligação com massacre na Tunísia

Continua após a publicidade

Vídeo flagra terrorista perambulando por hotel em massacre na Tunísia

O presidente tunisiano, Beji Caid Essebsi, disse que um reforço na segurança estava programado para entrar em vigor apenas alguns dias após o ataque. “Não é um sistema perfeito, nós realmente ficamos surpresos com o ataque”, declarou. “Tomamos medidas para o mês do Ramadã, mas nunca pensamos que os ataques poderiam ocorrer nas praias com turistas. O sistema de proteção estava programada para iniciar em julho”, acrescentou. Essebsi assegurou que uma investigação sobre as falhas na segurança está ocorrendo e que agora policiais andarão armados em locais turísticos, como as praias. Reservistas do Exército também foram convocados para reforçar as patrulhas.

A Tunísia estima perdas de pelo menos 515 milhões de dólares neste ano (mais de 1,5 bilhão de reais), ou cerca de um quarto de sua receita anual de turismo, após o atentado em Sousse. Com muitas praias na costa do Mar Mediterrâneo e diversas atrações arqueológicas, o país norte-africano lucrou 1,95 bilhão de dólares (mais de 6 bilhões de reais) em turismo no ano passado. O setor é responsável por mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) e é grande fonte de moeda estrangeira e empregos para a Tunísia.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.