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Republicanos diminuem tom e fazem o debate mais sóbrio até o momento

Tanto Trump como o senador Marco Rubio, que vinha sendo um dos mais agressivos ultimamente, já tinham insinuado antes do encontro que o debate na Flórida seria diferente

Por Da Redação
11 mar 2016, 06h41

O magnata do setor imobiliário Donald Trump e seus rivais à indicação do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos reduziram nesta quinta-feira o tom beligerante e agressivo de embates anteriores e protagonizaram a troca de ideias mais sóbria realizada até o momento. Sem insultos pessoais, nem desqualificações e com choques mais suaves do que vinha sendo habitual entre os candidatos, o debate de Miami, na Flórida, se concentrou em questões como o comércio, a imigração, a educação, o sistema de seguridade social e a política externa.

Tanto Trump como o senador pela Flórida, Marco Rubio, que vinha sendo um dos mais agressivos ultimamente, já tinham insinuado antes do encontro que o debate seria diferente, já que o magnata avisou que se apresentaria como “presidenciável” e Rubio reconheceu que tinha sido um erro entrar em questões pessoais. Um dos primeiros temas que foram discutidos foi como lidar com o déficit e a dívida dos EUA. Para Trump, é preciso acabar com “o desperdício, a fraude e o abuso”, que atualmente estão “descontrolados”.

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Rubio e o senador pelo Texas, Ted Cruz, consideraram a proposta de Trump insuficiente e propuseram alternativas, mas sempre tentando manter-se dentro do debate político, evitando as desqualificações diretas. “Os números não batem. É preciso reformar a seguridade social, se não, teremos uma crise da dívida”, respondeu Rubio, que propôs elevar progressivamente a idade de aposentadoria para até 70 anos, para tornar sustentável o sistema de previdência. Cruz também defendeu a elevação da idade para a aposentadoria e comparou a proposta de Trump de combater o desperdício, a fraude e o abuso com as medidas defendidas pelos democratas e Hillary Clinton.

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Muçulmanos – Um dos momentos de maior intensidade da noite foi quando Trump reafirmou em seu comentário que a maioria dos muçulmanos odeia os EUA: “Eu não quero ser politicamente correto. Temos um problema sério de ódio [em relação ao Islã]. É melhor que solucionemos o problema antes que seja tarde demais”, alertou o magnata. “Em grandes mesquitas do Oriente Médio há gente gritando ‘Morte aos EUA!’. Temos que expandir nossas leis para combater o jihadismo ou seremos um bando de ingênuos, e eles estarão rindo de nós”, acrescentou o bilionário nova-iorquino.

O primeiro a respondê-lo foi o senador Marco Rubio, que assegurou que “os presidentes não podem dizer tudo o que querem”, e contou o caso de um casal de missionários americanos em Bangladesh que, segundo ele, comentaram que estão tendo problemas nesse país pelos comentários de Trump sobre o Islã. Cruz respondeu de maneira semelhante e disse que a resposta ao jihadismo “não é simplesmente gritar ‘o Islã é mau'”. Além disso, o senador texano revelou sua “preocupação” com a “linguagem incendiária” de Donald Trump.

Imigração e comércio – Falando sobre questões migratórias, Cruz reiterou que se chegar à Casa Branca “triplicará” os efetivos de patrulha nas fronteiras, construirá um muro na divisa com o México, e acabará com as conhecidas “cidades santuário”, localidades com políticas de não perseguição aos imigrantes ilegais. Quanto ao comércio, Rubio defendeu os benefícios trazidos por alguns tratados de livre-comércio já assinados pelos Estados Unidos, e citou como exemplo o acordo firmado com a Colômbia, que, segundo ele, gerou grandes benefícios para seu estado. Trump defendeu suas credenciais como empresário para falar do assunto, disse ser o melhor preparado para discutir esse tema devido a sua experiência, e argumentou que as leis atuais são ruins “tanto para os trabalhadores como para os empresários”.

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(Da redação)

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