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Rebeldes exigem que tropas recuem para libertar soldados

Mais de 20 membros da missão de paz da ONU no país foram detidos na quarta

Por Da Redação
7 mar 2013, 10h01

Rebeldes que detêm desde quarta-feira mais de 20 soldados da ONU perto das Colinas de Golã, no sul da Síria, disseram que as forças do governo devem deixar a área antes de libertar seus “convidados”, informou um ativista em contato com os combatentes, nesta quinta-feira.

Entenda o caso

  1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
  3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
  4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

Rami Abdelrahman, do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, citou um porta-voz da brigada rebelde “Mártires de Yarmouk”, dizendo que os soldados das forças de paz estavam sendo mantidos como “convidados” na aldeia de Jamla, a cerca de 1,6 quilômetro de uma linha de cessar-fogo com a região ocupada por Israel das Colinas do Golã. “Ele disse que eles não serão feridos. Mas os rebeldes querem que o Exército sírio e tanques se retirem da região”, afirmou Abdelrahman, após falar com o porta-voz rebelde, na manhã de quinta-feira.

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Israel expressou confiança nesta quinta-feira de que a ONU poderia garantir a libertação da soldados de manutenção de paz detidos pelos rebeldes, sinalizando que não iria interferir na crise. “Restringir o movimento de soldados de uma força internacional é um evento significativo”, disse a autoridade do ministério da Defesa Amos Gilad à Radio Israel. “Pode-se confiar nas Nações Unidas, que vão persuadi-los (os rebeldes) a libertá-los (soldados).” Gilad disse que os rebeldes, que buscam apoio internacional, não tinham interesse em “entrar em confronto com a comunidade internacional”.

A captura dos soldados da ONU perto de território ocupado por Israel foi mais um sinal de que o conflito da Síria, que chega ao seu segundo aniversário, pode se espalhar para os países vizinhos. Suspeitos insurgentes sunitas mataram 48 soldados sírios no Iraque, na segunda-feira, e disparos de artilharia através da fronteira a partir da Síria já mataram pessoas no Líbano e na Turquia nos últimos meses. A ONU diz que cerca de 70.000 pessoas foram mortas dentro da Síria na revolta que começou em março de 2011 com protestos pacíficos contra o ditador Bashar Assad e escalou para um conflito cada vez mais sectário.

(Com agência Reuters)

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