Rebeldes sírios tomam aldeia fronteiriça com Turquia
Israel diz que não há provas sobre uso de gás venenoso na guerra da Síria
O Exército Livre Sírio (ELS), de oposição ao regime de Bashar Assad, informou nesta terça-feira ter tomado o controle da cidade de Harém, na província de Idleb e perto da fronteira com a Turquia, após confrontos com as forças do governo. A cidadela de Harém, construída no século X, passou ao longo de sua história por controle de árabes, turcos e cruzados por ser um enclave estratégico.
O ‘número 2’ do ELS, Malek Kurdi, disse que seus homens ‘libertaram’ nesta manhã a cidadela histórica de Harém e que pelo menos um combatente rebelde e vários soldados do exército morreram durante os combates. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), também de oposição, afirmou que vários membros das forças governamentais se renderam durante os confrontos e ressaltou que a luta pelo controle de Harém durou um mês.
Armas químicas – Também nesta terça-feira, Israel levantou dúvidas sobre a precisão de relatórios de ativistas sírios de que armas químicas teriam sido usadas contra rebeldes que lutam para derrubar Assad. “Vimos relatórios da oposição. Não é a primeira vez. A oposição tem interesse em atrair intervenção militar internacional”, disse o vice-primeiro-ministro Moshe Yaalon na Army Radio.
“Como as coisas estão agora, não temos nenhuma confirmação ou prova de que armas químicas já tenham sido usadas, mas nós estamos definitivamente acompanhando os eventos com preocupação”, disse ele.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos reuniu relatos de ativistas no domingo sobre o que diziam ser ataque de gás envenenado na cidade de Homs. Os relatos são difíceis de serem checados, já que o governo restringe o acesso da imprensa na Síria.
O OSDH, um grupo britânico com uma rede de ativistas ao redor da Síria, disse que seis rebeldes morreram após inalarem fumaça na linha de frente de batalha em Homs. Ele afirma que não poderia confirmar se gás venenoso foi usado e pediu uma investigação. O governo da Síria disse que nunca usou armas químicas contra seus cidadãos.
(Com agências EFE e Reuters)