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MH-17: separatistas dificultam acesso de investigadores ao local da queda

Delegação da OSCE não teve liberdade para levantar informações sobre o desastre, diz embaixador. Equipe deve fazer nova tentativa neste sábado

Por Da Redação
18 jul 2014, 17h46

O primeiro grupo de investigadores internacionais a tentar chegar ao local da queda do avião da Malaysia Airlines encontrou resistência de separatistas que controlam a área no leste da Ucrânia. A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) enviou uma delegação de trinta monitores para levantar informações sobre o caso. No entanto, apenas dezessete investigadores puderam avançar, e mesmo assim, eles não tiveram acesso total à área, embora os rebeldes tivessem dito que deixariam as equipes estrangeiras trabalharem no local.

O embaixador suíço para a OSCE, Thomas Greminger, disse a jornalistas em Viena, na Áustria, que os observadores só passaram 75 minutos no local antes de voltarem para a cidade de Donetsk. Ele acrescentou que os observadores foram seguidamente bloqueados e seguidos por milícias armadas. “Os observadores não tiveram o acesso que era esperado. Eles não tiveram liberdade de movimento para fazer seu trabalho. O local da queda não está isolado”, disse Greminger. “Nessas circunstâncias, eles não foram capazes de isolar um corredor que permitiria a entrada daqueles interessados em investigar.”

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A organização afirmou que um tiro de advertência chegou a ser disparado pelos rebeldes. A delegação deverá fazer uma nova tentativa de chegar ao ponto exato da queda neste sábado. “Amanhã será um dia crítico. Há muitos especialistas da Holanda e da Malásia chegando em Kiev, bem como familiares. Os corpos estão começando a se decompor. Um time de especialistas é claramente necessária. Há muito a ser feito em um curto período de tempo”, argumentou o porta-voz da organização, Michael Bociurkiw. Segundo a OSCE, uma equipe de resgate que estava na área informou que não havia sido orientada a remover os corpos.

O acesso livre ao local foi exigido pelos governos dos EUA e da Alemanha, entre outros, que cobram uma investigação rápida das circunstâncias do acidente. O temor é que a cena seja alterada para dificultar as investigações. Nesta sexta, Barack Obama afirmou que a aeronave foi abatida por um míssil disparado a partir da região controlada por separatistas, e ressaltou o apoio da Rússia aos rebeldes. O Boeing 777 levava 298 pessoas a bordo.

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Em junho, grupos pró-Moscou que tomaram o controle de várias localidades do leste ucraniano sequestraram membros da OSCE que realizavam missões de observação na região. Alguns chegaram a permanecer um mês em cativeiro.

Investigação – O National Transportation Safety Board (NTSB), órgão que recomenda as normas de segurança aérea nos Estados Unidos, normalmente envia um time de especialistas a uma cena de queda em qualquer lugar do mundo horas depois de um grande desastre com uma aeronave de fabricação americana. Horas depois de o voo MH370 da Malaysia Airlines desaparecer dos radares em março, quando ia de Kuala Lumpur a Pequim, uma equipe foi enviada à Ásia. O órgão tomou as primeiras medidas para uma ação semelhante em relação ao voo MH-17, mas não houve nenhum anúncio de que a equipe foi, de fato, deslocada para a Ucrânia, informou o Wall Street Journal, que consultou uma fonte ligada à preparação.

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O jornal lembrou ainda que uma medida comum em um desastre dessa magnitude é requerer segurança para selar imediatamente a área. No caso do avião abatido, preservar material seria particularmente importante porque deverá ser a única forma de identificar, de forma conclusiva, que tipo de míssil atingiu o avião. No entanto, até mesmo o paradeiro das caixas-pretas é desconhecido.

Local da queda do avião na Ucrânia

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