Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Rebeldes sírios capturam uma base militar no leste do país

Mais de 40.000 morreram em 20 meses de confronto entre regime e opositores

Por Da Redação
22 nov 2012, 08h19

Os rebeldes sírios capturaram nesta quinta-feira uma base de artilharia do Exército na província produtora de petróleo Deir al-Zor, no leste do país, enfraquecendo o controle do ditador Bashar Assad na estratégica região que faz fronteira com o Iraque, informaram fontes da oposição.

“A base militar de Mayadeen caiu às 8h30 (4h30 do horário de Brasília)”, disse o membro do Conselho Revolucionário Militar da província, Abu Laila. Segundo ele, 44 combatentes rebeldes foram mortos durante o cerco à base. “Todo o interior, desde a fronteira iraquiana, e ao longo do Eufrates, até a cidade de Deir al-Zor, está sob controle dos rebeldes.”

A captura da base segue a de um aeroporto militar 80 quilômetros a sudeste da fronteira iraquiana na semana passada. Rebeldes invadiram diversas bases no norte e no centro do país, indicando uma crescente força militar. Porém, nenhuma grande cidade está nas mãos da oposição, e o poder aéreo de Assad garante que o domínio dos rebeldes em muitas partes do país continue tênue. Tentativas de unificar o comando rebelde tiveram pouco progresso.

O líder tribal da província, Sheikh Nawaf Bashir, disse que a queda de Mayadeen deixa Assad com três grandes bases militares restantes sob seu controle na região. A estrada principal para o Iraque, desde a periferia da cidade até a travessia da fronteira em Albu Kamal, está agora sob domínio dos rebeldes, disse.

Continua após a publicidade

Leia também:

Leia também: Turquia pede mísseis para defender fronteira com a Síria

Mortes – A violência na Síria já deixou mais de 40.000 mortos, em sua maioria civis, desde o começo dos protestos contra o regime de Bashar Assad há 20 meses, informou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O OSDH é uma organização não governamental com sede na Grã-Bretanha e que baseia seus dados nas informações transmitidas por uma rede de militantes e fontes médicas de hospitais civis e militares na Síria.

Continua após a publicidade

Ao menos 28.026 civis morreram desde 15 de março de 2011, segundo a ONG, que considera civis mesmo aqueles que decidiram empunhar armas contra as tropas do regime. O número de soldados mortos chegou a 10.150 e o de desertores a 1.379. “Temos que levar em conta outros 574 mortos cujas identidades não foram estabelecidas”, explicou o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman, o que elevaria o número de mortos a 40.129.

Essas contas, porém, não levam em consideração as milhares de pessoas desaparecidas, nem a maioria dos mortos entre os “shabihas” (militantes do regime). A brutal repressão do regime ao movimento de protesto popular desencadeou uma guerra civil. Os combates entre rebeldes e soldados e os bombardeios aéreos e com artilharia das tropas leais deixam dezenas de mortos todos os dias.

No fim de outubro, o mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, propôs uma trégua por ocasião da festa muçulmana do Aid al-Adha, que não foi respeitada. A comunidade internacional, profundamente dividida, não consegue encontrar uma solução para o conflito.

Continua após a publicidade

(Com agências Reuters e France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.