O presidente russo, Vladimir Putin, vestiu nesta sexta-feira o seu quimono e treinou com a seleção nacional de judô, seu esporte preferido desde criança, aproveitando as férias. Putin, que é faixa preta nesta arte marcial de origem japonesa, entrou no tatame do treinador da seleção russa, o italiano Ezio Gamba, que assumiu o cargo em 2008 e com quem os russos ganharam pela primeira vez medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres – três ao todo.
O campeão olímpico Tagir Khaybulaev afirmou à imprensa local que os judocas não receberam nenhuma recomendação especial para deixar Putin ganhar. Todo mundo acreditou, ou ao menos fingiu acreditar. Putin, de 63 anos, confessou que, se tivesse nível para isso, gostaria de ter competido como judoca nos Jogos Olímpicos. Demonstrando sua destreza, o presidente russo exibiu seus golpes e inclusive deu um ippon – golpe fatal, na pontua��ão do judô – no treinador italiano.
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O treino aconteceu no centro de alto rendimento de times nacionais de Sochi, no Mar Negro, onde o chefe do Kremlin tem uma ‘dacha’ – uma residência para descanso, usada tanto no verão como no inverno. Também participaram do treinamento o ministro de Esportes, Vitaly Mutko, e o presidente do Comitê Olímpico Russo, Aleksandr Zhukov.
Putin, que recebeu há três anos o oitavo ‘dan’ de judô (um grau a menos da máxima hierarquia, de nove ‘dans’), iniciou nesse esporte aos 11 anos. Durante seus anos na KGB (o extinto e temido serviço secreto soviético), o presidente russo chegou inclusive a ser instrutor de outros agentes e também escreveu um manual sobre a arte marcial. “O judô não só significa boa saúde, fortes músculos e domínio das técnicas, mas também nobreza, tolerância e ajuda mútua, por isso seus princípios fundamentais correspondem plenamente com os de uma sociedade tolerante”, afirmou uma vez. No boca de Putin, a frase soa, no mínimo, irônica.
(Da redação)