Putin e Hollande concordam em coordenar ações contra EI na Síria
Os líderes se encontraram em Moscou nesta quinta-feira para discutir a luta contra o terrorismo
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, François Hollande, concordaram nesta quinta-feira em coordenar as ações militares de seus países contra o Estado Islâmico (EI) e outros grupos jihadistas na Síria.
“Decidimos que, em breve, nos coordenaremos tanto no plano bilateral como no da coalizão liderada pelos Estados Unidos, em geral”, afirmou Putin em entrevista coletiva conjunta no Kremlin. Putin acrescentou que “se trata de definir os territórios onde se podem lançar ataques e onde é melhor abster-se de efetuar bombardeios”.
Hollande assegurou que “os ataques contra o EI se intensificarão” de maneira coordenada com a Rússia “a fim de aumentar a eficácia dessas ações”. “Eu disse ao senhor Putin que a França está disposta e deseja trabalhar lado a lado com a Rússia para conseguir um objetivo comum: a luta contra os grupos terroristas e o Daesh (Estado Islâmico), em primeiro lugar”, disse Hollande.
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O presidente francês destacou que “a Europa está agora mobilizando suas forças na luta contra o terrorismo” e convocou os ministros da Defesa de “todos os países europeus” a coordenar suas ações contra o jihadismo.
Hollande antecipou que a França centralizará seus ataques nas jazidas controladas pelo EI e nos comboios que transportam petróleo do Iraque a outros países, através da Síria, principal fonte de financiamento dos jihadistas.
Os líderes discordaram, porém, sobre o futuro do ditador sírio, Bashar Assad. Enquanto Rússia e Irã defendem Assad, Estados Unidos, União Europeia, Turquia e Arábia Saudita exigem sua renúncia. “Certamente Assad não pode exercer nenhum papel no futuro deste país. Mas, para isso, é necessário também que a Rússia exerça um dos papéis mais preponderantes neste processo (de regulação política)”, assinalou o presidente da França.
Por sua parte, Putin declarou que “o exército do presidente Assad e ele mesmo são aliados naturais na luta contra o terrorismo”.
(Com EFE)