Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Protesto pró-democracia em Hong Kong tem 511 detidos

Manifestação pacífica contra Pequim reuniu pelo menos 100 mil pessoas na ilha

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 10h27 - Publicado em 2 jul 2014, 03h41

A polícia de Hong Kong prendeu pelo menos 511 manifestantes nesta quarta-feira depois que dezenas de milhares de pessoas participaram de um enorme protesto pacífico por democracia na ex-colônia britânica. Devolvida à China em 1997, Hong Kong funciona com o status de região administrativa especial e goza de um elevado grau de autonomia e liberdade civil que não é encontrado em outras regiões do país comunista – uma exigência do acordo entre os chineses e os britânicos. Apesar disso, os moradores da ilha temem que essas liberdades estejam ameaçadas e a resistência às autoridades de Pequim cresce cada vez mais entre os 7,2 milhões habitantes de Hong Kong.

Os números sobre o protesto desta quarta são conflitantes, mas todos indicam que ele foi gigantesco. Segundo a polícia, a manifestação reuniu 98.600 pessoas no seu auge. Organizadores falam em mais de 510 mil participantes, enquanto pesquisadores da Universidade de Hong Kong divulgaram uma projeção entre 154 mil e 172 mil.

Leia também: Em Hong Kong, centenas lembram o massacra na Praça da Paz Celestial

‘Unidos contra a China’ – Em um dia frio e chuvoso, o protesto mobilizou milhares de estudantes que ocuparam o distrito financeiro da cidade. Entre o mar de guarda-chuvas, cartazes exibiam slogans como “queremos uma verdadeira democracia” e “resistimos unidos contra a China”. A intenção dos ativistas era permanecer no local até as 8h da manhã, no horário local, mas a polícia retirou um a um – vários deles tiveram de ser carregados. Outro grupo protagonizou uma manifestação semelhante na frente da sede do governo, esperando a chegada do executivo-chefe Leung Chun-ying ao trabalho. As mais de quinhentas prisões aconteceram sob alegação de reunião ilegal e obstrução do trabalho da polícia.

O primeiro de julho é um feriado público em Hong Kong e marca a entrega de Hong Kong de Londres para Pequim. Tradicionalmente, o dia é marcado por protestos. Neste ano, o foco dos manifestantes levou em conta um documento divulgado pelo gabinete da China no mês passado que dizia que a autonomia de Hong Kong não é inerente, mas autorizada pelo governo central de Pequim.

Continua após a publicidade

Há alguns dias, cerca de 800 mil moradores da ilha votaram em um referendo informal que tem como intenção apoiar uma democracia completa, mas Pequim denunciou o referendo como uma farsa política. Os líderes do Partido Comunista da China prometem permitir que os cidadãos de Hong Kong elejam o líder da cidade até 2017, mas rejeita o pedido para que o povo nomeie candidatos.

https://www.youtube.com/watch?v=a4SbAyaS_4Q

(Com Estadão Conteúdo e AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.