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Promotoria colombiana acusará cúpula das Farc por crimes de guerra

O procurador-geral do país, Eduardo Montealegre, confirmou que a cúpula da guerrilha será investigada e processada por crimes como o sequestro e o recrutamento de menores

Por Da Redação
31 jul 2015, 09h17

Os altos comandantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), entre eles alguns dos negociadores de paz nos diálogos com o governo colombiano em Cuba, serão acusados pela Promotoria por responsabilidade em crimes de guerra e contra a humanidade. O procurador-geral do país, Eduardo Montealegre, explicou na quinta-feira a decisão em uma entrevista à Caracol Televisión. Ele, no entanto, se absteve de dar nomes dos que serão acusados.

“No curso deste semestre começaremos a formular acusações por crimes de guerra contra os máximos responsáveis das Farc. No final de agosto nós vamos começar a formular e a solicitar estas acusações aos juízes da República”, disse Montealegre. O governo colombiano e as Farc tentam, desde novembro de 2012, achar uma saída negociada para pôr fim ao conflito armado de mais de meio século no país. No entanto, os comandantes das Farc disseram várias vezes que não estão dispostos a deixar as armas para ir para a prisão.

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Ao ser perguntado se entre os acusados estão os negociadores de paz em Cuba, Montealegre assinalou que não quer “antecipar juízos de responsabilidade, mas obviamente alguns dos que estão em Havana terão uma maior responsabilidade frente aos crimes internacionais”. Montealegre acrescentou que estão “falando em princípio de pessoas que fazem parte da cúpula, da estrutura hierárquica das Farc, das pessoas que durante décadas formularam políticas que são contra os direitos humanos como o sequestro, o recrutamento de menores”.

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Ele disse que a Promotoria se interessa em iniciar a etapa de acusações, “sobretudo centrada nos crimes de guerra, ou seja, as violações graves ao Direito Internacional Humanitário cometidos pelas Farc”. O procurador explicou que os indícios de crimes de guerra apontam que há um “maior grau de responsabilidade” de parte do secretariado das Farc, o principal órgão executivo. “Ou seja, as pessoas que elaboraram essas políticas contrárias aos direitos humanos e que geraram mais de 55.000 casos que são investigados pela Promotoria”, acrescentou.

O secretariado das Farc é integrado na atualidade por seis membros liderados por Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como “Timochenko”, número um da guerrilha. Também fazem parte dessa estrutura Luciano Marín Arango, conhecido como “Ivan Márquez”, chefe negociador das Farc em Havana; Milton de Jesús Toncel Redondo, conhecido como “Joaquín Gómez”; Jorge Torres Victoria, conhecido como “Pablo Catatumbo”; Félix Antonio Muñoz Lascarro, conhecido como “Pastor Alape”; e Mauricio Jaramillo, conhecido como “O Médico”. Com exceção de “Timochenko” e “O Médico”, os demais fazem parte da delegação de paz em Cuba.

(Com agência EFE)

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